O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, Fernando Carvalho, afirmou em Oliveira do Hospital que a dívida do Serviço Nacional de Saúde…
… às Associações Humanitárias de todo o país somava “mais de 35 milhões de Euros”.
O responsável que, já no ano passado, se tinha queixado de que a dívida do Estado às corporações do distrito era de 2,5 milhões de Euros, voltou este ano, por ocasião da comemoração do 97º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, a denunciar a dívida do estado, que já é superior a 35 milhões junto das Associação Humanitárias de todo o país.
Fernando Carvalho afirmou que as Associações Humanitárias “não podem continuar a financiar o SNS (Serviço Nacional de Saúde) com atrasos superiores a 14 meses pelos serviços que lhes prestamos”.
“Em finais de fevereiro deviam às Associações Humanitárias de todo o país mais de 35 milhões de Euros, crescendo a dívida ao ritmo de quase um milhão por mês”, referiu o responsável, verificando que ao contrário “as associações pagam diariamente as responsabilidades a que estão obrigados”. Fernando Carvalho lembrou que “os bombeiros são responsáveis por 98% do transporte de doentes não urgentes, pelo socorro em acidentes e outras intervenções de pré hospitalar que representam 85 por cento dos serviços executados, a solicitação do INEM no âmbito do sistema integrado emergência médica”.
“Não podemos continuar a aceitar que a lei do financiamento dos corpos de bombeiros não respeite o cumprimento dos prazos de pagamento. Não podemos continuar à espera que o governo pague as despesas do DCIR (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais) quando bem entende”, avisou o responsável.
Pese embora a sua preocupação com a dívida do Estado, Fernando Carvalho deu conta da sua satisfação por participar na comemoração do 97º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, e de “reconhecer o mérito aos homens e mulheres do passado e do presente que tornaram que este dia fosse possível”.