É já na próxima 4ª feira, 26 de julho, que arranca a EXPOH – Feira Regional de Oliveira do Hospital e, a esta altura, as expectativas do Município apontam para que o certame atraia cerca de 30 mil visitantes e resulte num “sucesso”.
Esta manhã, em entrevista na Rádio Boa Nova, o presidente José Francisco Rolo garantiu que, de 26 a 30 de julho, estão reservados cinco dias “com muita animação em torno de um evento agradável, de descontração e acolhedor para as famílias, para os mais jovens e menos jovens”.
A assumir o formato de festival de verão iniciado em 2022, a EXPOH “terá tendência para crescer”. Este ano, José Francisco Rolo promete uma EXPOH “aumentada que vai ter um fim de semana em cheio e que vai transbordar as fronteiras de Oliveira do Hospital”, captando visitantes não apenas da região de Coimbra, mas também das Beiras e Serra da Estrela, assim como de Viseu e Lafões. Preparado está um programa com vários espetáculos “com nomes grandes que marcam presença nos festivais”.
“As pessoas estão entusiasmadas”, verifica o autarca oliveirense, que garante uma “EXPOH com bom ambiente, boas vibrações, noites agradáveis e boa onda”.
Ouça aqui a entrevista na íntegra>>>
“Temos uma EXPOH aumentada no seu conceito que quer transbordar as fronteiras de Oliveira do Hospital”
Rádio Boa Nova (RBN): Neste arranque da EXPOH 2023, quais as expectativas?
José Francisco Rolo (JFR): A EXPOH regressa com cinco dias que prometem muita animação, um ambiente festivo, onde um dos parques verdes da cidade proporciona, ao concelho e à região, um evento agradável, de descontração para as famílias que pretende proporcionar bem-estar. Trata-se de um evento acolhedor, com enfoque da programação para os mais jovens. A EXPOH sempre se afirmou como um ponto de encontro e um espaço para a amizade e convívio. Com o passar dos anos, esta feira soube crescer e afirmar-se. Não nos comparamos à dimensão de uma EXPOFACIC, mas somos um dos grandes eventos da região de Coimbra. Oliveira do Hospital surge no topo dos eventos da região centro com a EXPOH. Aquilo que queremos é proporcionar, aos vários segmentos de público, cinco dias de descontração, convivo e bem-estar com concertos que agradam a todos.
RBN: Na apresentação do certame, apontou para 30 mil o número de visitantes que espera atrair. A EXPOH será um ponto de encontro privilegiado neste verão?
JFR: Temos a expectativa de aumentar esse número e ultrapassar os 30 mil visitantes. A feira está com boa projeção. O convite é para vir e descobrir Oliveira do Hospital. É tempo de as pessoas regressarem ao concelho. Tenho encontrado pessoas e nota-se entusiasmo para participarem na EXPOH. O importante é que a EXPOH lhes proporcione uma boa experiência, um bom ambiente, boas vibrações, noites agradáveis e boa onda. A EXPOH foi pensada com carinho e equilíbrio para chegar a todos e proporcionar bem-estar.
RBN: A aposta voltou a ser a de um festival de verão, seguindo o modelo do ano passado. A escolha recai sobre os produtos locais e gastronomia gourmet. Esta será uma mostra importante para a afirmação de Oliveira do Hospital na região?
JFR: A EXPOH tem tendência para crescer. Quando o evento regressou depois da pandemia, surgiu com uma nova versão que foi um sucesso, com casa cheia. Temos espaços de animação para crianças e adultos, espaços gourmet, com vinhos e gastronomia local. Tendo sido um êxito, quisemos afirmar a feira como um festival de música. Para além do palco principal, temos o segundo palco, por onde vão passar, ao longo dos dias, talentos locais. No final dos concertos do dia há animação com DJs para fixar o público. Os visitantes podem jantar, degustar dos vinhos do Dão. Temos uma zona de descontração lounge, com seis bares, street food, três restaurantes e três tasquinhas de associações concelhias. Temos uma EXPOH aumentada no seu conceito que quer ter um fim-de-semana em cheio e quer transbordar as fronteiras de Oliveira do Hospital. Chegar às Beiras e Serra da Estrela e a Viseu Dão Lafões. O posicionamento de Oliveira do Hospital permite que a feira possa crescer mais para esta zona envolvente. Contamos com um bom programa, com presença institucional, onde é apresentada a oferta formativa do concelho. Queremos aproximar a educação e formação, num espaço-feira com preocupações de caracter ambiental e ecológico. Queremos reduzir a pegada ecológica que a feira produz. No tempo próprio, iremos fazer a plantação de várias centenas de árvores para compensar a pegada ecológica que a feira origina.
RBN: E o setor empresarial?
JFR: É um festival de música, gastronomia e convívio para as famílias. Estamos a repensar voltar a integrar a componente expositiva para os empresários mostrarem os seus produtos e os seus negócios, Já este ano refletimos em termos de soluções. Há um caminho a percorrer para acolher mais empresas. É um desafio que temos de traçar e trilhar, proporcionando boas condições aos expositores.
RBN: Faz falta um pavilhão multiusos?
JFR: Faz falta um pavilhão multiusos em Oliveira do Hospital. Temos vindo a procurar soluções no Quadro Comunitário Portugal 20-30. No âmbito do PRR, procurámos soluções. No PRR, mais de 30 milhões de euros foram aprovados para Oliveira do Hospital. Somos o terceiro concelho do distrito com mais projetos aprovados. No PRR não é elegível um pavilhão multiusos de raiz. Hoje, a lógica e a perspetiva passam por soluções como reabilitação e reconfiguração de edifícios. Criar edifícios de raiz será cada vez mais difícil. É mais fácil remodelar e reabilitar um Centro de Saúde do que fazer um novo. Precisamos de um espaço multiusos, mas no espaço da feira, no anfiteatro natural de Oliveira do Hospital, não é possível. Mas também não temos custos de palco. Temos um palco com excelentes condições. É preciso é criar condições para colocar as empresas na feira.
RBN: E no próximo ano já poderemos ver alguma alteração nesse sentido?
JFR: A EXPOH surge como festival de música e gastronomia. O ano passado foi um sucesso. Repetimos a dose este ano. Qualquer processo evolutivo terá que ser discutido. Há ideias. Quando for encontrada a solução para dar uma boa projeção e visibilidade às empresas comunicaremos. Aproveito para deixar uma palavra de reconhecimento a toda a equipa da Câmara Municipal, ao senhor vice-presidente, ao Rui Coelho, à equipa da comunicação, ao professor Nuno Ribeiro, à professora Graça Silva, a toda a equipa do Município que se tem empenhado para que a EXPOH seja um sucesso. Um sucesso a nível da satisfação das pessoas e do público. Porque ir mais longe é levar o nome e a afirmação positiva de Oliveira do Hospital.
RBN: Relativamente ao cartaz, qual foi o critério? O Município voltou a recorrer a uma empresa de contratação de artistas?
JFR: O Município recorre sempre a empresas de contratação de artistas. Não fazemos contratação direta de artistas. Aconselhamo-nos e tivemos propostas de várias produtoras. Obviamente que não podemos aceitar todas. Temos de fazer escolhas. O critério foi em função de seleção de artistas que queríamos para chegar a determinadas áreas do público. Fomos escolhendo artistas, em função da sua disponibilidade. Houve artistas que queríamos e não estavam disponíveis. O executivo decidiu estes artistas a partir de um orçamento que queríamos investir na feira, com custos moderados. Temos de ter noção da inflação, mais a revisão de preços nas obras, mais os pedidos de reequilíbrio financeiro das empresas, mais o aumento da fatura energética, refeições escolares e dos transportes, que têm assumido muitos recursos à Câmara Municipal. Os senhores jornalistas têm verificado o número de vezes que vão à reunião de Câmara propostas de revisão de preços.
RBN: É um cartaz à medida da disponibilidade financeira do Município?
JFR: É um cartaz de artistas de primeira linha. Não podemos fazer leituras de o artista A é bom se tiver no festival A, mas se vier a Oliveira do Hospital já lhe arranjam reticências. O artista B que está a comemorar 25 anos de carreira e é promovido em grande escala pela sua produtora é bom para fazer uma tourné nacional nos grandes espaços mas em Oliveira do Hospital arranjam-se reticências.
RBN: O cartaz tem merecido algumas críticas. Como é que reage?
JFR: Cada um faz as suas críticas. As pessoas em Oliveira do Hospital sempre corresponderam positivamente à oferta do cartaz e o cartaz é muito bom. Eu também gostava de ter outros nomes se tivesse condições para pagar. Gostava de ter um grande nome internacional, mas hoje os nomes internacionais estão praticamente proibitivos. O cartaz é de qualidade e serve todos os públicos. Teve a preocupação de ir ao público jovem e tem outro aspeto. Tem um palco dois com vários nomes, com cinco bandas, cinco Djs, mais dez artistas. Portanto temos oferta para todos os gostos.
RBN: Anunciou que o evento tem um investimento associado na ordem dos 100 a 110 mil Euros. Este é um investimento com retorno para Oliveira do Hospital?
JFR: Tem retorno. Oliveira do Hospital tem de ter uma EXPOH com visibilidade e com projeção. Obviamente que a EXPOH não é a Feira do Queijo Serra da Estrela que é um evento de dimensão nacional. A EXPOH é um evento que se quer afirmar no interior da região centro, na região de Coimbra e transbordar. Ganhar novos públicos. É um investimento para projetar a dinâmica de Oliveira do Hospital. É um investimento feito pelo Município, onde também agregamos patrocinadores para ajudar a melhorar o impacto financeiro da feira e fazer crescer em visibilidade e projeção. Quanto mais longe o nome da EXPOH chegar, mais Oliveira do Hospital ganha. Esta feira é um investimento para dar notoriedade a Oliveira do Hospital. E o convite tem sido feito, numa lógica concelhia. Quem venha, que desfrute do nosso alojamento, da restauração, dos percursos pedestres, que visitem museus. Que passem uns dias no concelho e desfrutem do nosso turismo. O objetivo também da feira é fazer a promoção do turismo em Oliveira do Hospital. E por isso também temos a presença do Turismo Centro de Portugal, das Aldeias de Montanha, das Aldeias do Xisto, do Geopark Estrela. São pontos onde Oliveira do Hospital participa e é uma forma de divulgar e ganhar visibilidade. Ao ganhar visibilidade, ganhamos reconhecimento. Um bom motivo para vir é esta EXPOH com muito para desfrutar nas experiências e bons espetáculos.
RBN: Qual a noite em que deposita maior expectativa?
JFR: Tenho a expectativa de todos os dias estarem preenchidos. Vamos abrir com o Soltem Talentos e com o Gustavo Reinas. É o dia do talento de Oliveira do Hospital. Todas as famílias vêm. E depois temos desde o Grupo AF, que cria sempre um grande espetáculo com muita energia, aos P*ta da Loucura que prometem grande agitação. Para os mais novos, o Julinho KSD e Kiss Kiss Bang Bang. Temos Carolina Deslandes que este ano esteve nos grandes festivais e os Irmãos Coragem a fazer o final da noite. E no dia 30, para fechar, um nome consagrado da música portuguesa, o João Pedro Pais. Para além do conjunto de nomes que vão estar no palco 2. É valorizar o talento e a criatividade musical de Oliveira do Hospital.
RBN: Os bilhetes estão à venda, sendo que o primeiro dia é de entrada livre.
JFR: Temos um bilhete geral de 10 Euros. Estão à venda na Ticketline mas também são vendidos nos espaços públicos do Município como biblioteca, piscina e ADI e nas bilheteiras. Temos uma abertura com entrada livre. Vai ser uma noite muito animada e muito participada. O Soltem Talentos é uma marca da EXPOH. O bilhete diário é de três euros. Quisermos fazer um preço convidativo, num contexto em que a inflação e os juros mexem com a bolsa dos cidadãos. Quisemos fazer uma EXPOH amiga da bolsa de todos aqueles que nos visitam. É também tempo da chegada daqueles que estão no estrangeiro, a quem queremos dar as boas vindas e que possam desfrutar de cinco noites boa onda no Parque do Mandanelho. É uma EXPOH feita a pensar nas famílias e na região.