A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) promove, esta segunda-feira, a II Feira do Emprego. O objetivo passa por “aproximar as competências da escola do mercado de trabalho”, isto é, “fixar jovens qualificados na região”.
Para Vera Cunha, presidente da ESTGOH, a Feira do Emprego “é uma aposta ganha” que, este ano, já se apresenta com maior notoriedade com o envolvimento de duas dezenas de empresas, um aumento face à primeira edição. “Gostaríamos de ter mais, mas não temos capacidade”, disse a responsável, salientando que “em colaboração com o Município de Oliveira do Hospital”, com as novas instalações, “será possível fazer uma feira cada vez maior”.
Vera Cunha acredita que, com esta iniciativa, é possível criar melhores condições e aumentar o número de estágios para os alunos”. “A nossa intenção é tentar que os alunos fiquem na região e não regressem às grandes cidades de onde são originários”, justificou a presidente, garantindo que o objetivo da escola “é contribuir para a dinamização do território”.
Com um universo de 700 alunos distribuídos por licenciaturas, mestrados e CTeSP, a ESTGOH quer ser parceira das empresas. Para isso, “tem a capacidade de fazer formação específica que possa ir de encontro às necessidades delas”. Segundo a responsável, “no âmbito do PRR”, a instituição quer “criar microcredenciações direcionadas para alunos e comunidade exterior”.
Quanto à empregabilidade, a ESTGOH apresenta uma taxa “acima dos 90%”, sendo que a Engenharia Informática, o “ex-líbris” das licenciaturas, chega aos 100%.
Por sua vez, José Francisco Rolo, presidente do Município oliveirense, considera que a iniciativa “aproxima as competências da escola do mercado de trabalho”. A Feira do Emprego “é uma forma de a ESTGOH se abrir ao território” e uma “oportunidade para os alunos manterem contactos com o mercado”. “A escola, fruto do investimento que tem sido feito em termos de vagas, tem crescido para se afirmar na região e as empresas valorizam esta iniciativa porque vêm à ESTGOH captar talentos”, frisou.
O autarca defende que o “crescimento da escola será marcado, nos próximos anos, pela criação da residência estudantil e pelas novas instalações da instituição”. “Queremos uma escola que cresçam número de alunos, na capacidade de produzir ciência e sabores, em condições estruturais para servir bem os alunos e o corpo docente”, sublinhou.
No evento, Luís Nina, do Gabinete de Inserção Profissional do Município de Oliveira do Hospital, avançou que, neste momento, as “empresas têm recorrido à contratação de pessoas licenciadas através de estágios profissionais do IEFP”. O concelho apresenta cerca de 600 desempregados, o que se deve, segundo o responsável, “à vinda de muitos imigrantes” para Oliveira do Hospital. A eles juntam-se pessoas licenciadas “à procura do primeiro emprego” e a desempregados de longa duração.