“Património Imaterial: Desenvolvimento Turístico Sustentável das Nossas Freguesias” foi o tema de mais um EPTO FUTUROS 2024, realizado no âmbito do Dia do Curso de Turismo em funcionamento na EPTOLIVA – Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil, que destacou a valorização turística do património cultural imaterial como fator determinante na divulgação da identidade local, colocando as freguesias de Aldeia das Dez e de Penalva de Alva, concelho de Oliveira do Hospital, como exemplos sustentáveis de comunidades que procuram manter vivas as suas tradições na promoção turística destes destinos.
A opção por um registo turístico emocional e experiencial inspirado em artes e ofícios tradicionais e saberes e sabores da gastronomia tradicional das freguesias, esteve patente no programa de atividades, conduzido pela assistente virtual (AI)Star e que integrou um Roteiro de Artesãos realizado na aldeia de Chão Sobral, a confeção de uma Dieta Macrobiótica, com legumes e fruta da região, pela mentora do projeto “Mil Grãos”, Dulce Costa e pelo Chefe de Cozinha do “Restaurante João Brandão”, José Dias, no Hotel Rural Quinta da Geia, terminando com o Batismo da Pesca Lúdico Desportiva, seguido de degustação de peixe do rio frito, que decorreu na Associação Progressiva de Santo António do Alva, um programa diferenciador que foi dinamizado pelas Diretoras de Curso, Gina Sousa e Cláudia Carvalho.
A iniciativa contou com a presença da Vereadora do Turismo do Município de Oliveira do Hospital, Graça Brito, que enalteceu o tema e as atividades escolhidas para este EPTO FUTUROS, assim como a educação do património enquanto forma de promover o processo de salvaguarda do património cultural imaterial das freguesias. A mesma apreciação foi corroborada por Carlos Castanheira, presidente da Junta de Freguesia de Aldeia das Dez e Rui Coelho, presidente da União de Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira, que agradeceram a presença da EPTOLIVA na divulgação das freguesias e a explanação do tema, como forma de apropriação da história e da cultura pelos jovens aí residentes.
Adaptar a formação de Turismo à temática escolhida na realidade do território mereceu o aplauso de António Marto, Presidente da Associação Fórum Turismo, sugerindo aos alunos, enquanto futuro destas freguesias, que “a perceção da grande distância aos centros urbanos deve ser olhada como um privilégio e como uma oportunidade”, enfatizando o exemplo de jovens artesãos da terra, que trabalham os recursos naturais e os colocam em vários pontos do mundo, sem que percam tempo de vida a enfrentar o desgaste e o stress de grandes metrópoles. “Isto é qualidade de vida! Ainda que o vosso desejo não seja viver aqui, para onde forem, nunca se esqueçam de onde vieram e das vossas raízes. Saber olhar, ver as coisas, pegar nas tradições e rentabilizá-las, são fatores essenciais para potenciar o futuro desta região, única pela sua diversidade, riqueza e autenticidade”, concluiu António Marto.
O Presidente da EPTOLIVA, Daniel Dinis Costa, destacou a escolha do tema como forma de sensibilizar a comunidade educativa para a necessidade de divulgar, valorizar e preservar o Património Imaterial que representa uma das mais importantes dimensões identitárias de um território e das suas gentes. “A valorização turística do património imaterial assume, por isso, uma estratégia pedagógica para o desenvolvimento global dos alunos deste curso, e também é uma forma da EPTOLIVA divulgar o vasto património material e imaterial das freguesias e dos concelhos de abrangência. Este é também o argumento para a EPTOLIVA integrar o Curso Profissional de Turismo na sua oferta formativa, “um curso de sucesso, que faz «verdadeiro Turismo», a avaliar pela quantidade e valência de atividades desenvolvidas com e para a comunidade, mas também, pelos índices de desempenho conseguidos no que concerne às elevadas taxas de conclusão do curso, de empregabilidade e de acesso ao ensino superior”, como concluiu o Presidente da EPTOLIVA.