Hoje, dia 6 de abril assinala-se o Dia Mundial da Atividade Física. Segundo o relatório do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, hoje divulgado e relativo a 2021, a monitorização dos níveis de atividade física duplicou nos centros de saúde no ano passado, com a avaliação de 2.235 utentes em cada 100 mil. Realizaram-se mais de 261 mil consultas.
O documento, divulgado no Dia Mundial da Atividade Física, diz que, na sequência das avaliações, foram emitidas 42.645 guias de aconselhamento breve para a promoção da atividade física (+18% num ano).
Em relação ao nível da atividade física de utentes com 15 anos ou mais, e aquando da primeira avaliação, os níveis registados em revelam que 32,8% dos utentes avaliados atingia a recomendação de prática de, pelo menos, duas horas e meia (150 minutos) semanais de atividade física de intensidade moderada.
À semelhança de estudos representativos da população, o nível de atividade física semanal diminui com o aumento da idade e os homens mais ativos ao longo de todo o ciclo de vida.
No que respeita aos níveis de comportamento sedentário de utentes com 15 ou mais anos, os dados dos utentes avaliados pela primeira vez no período 2017-2021 revelam que cerca de metade reportou passar quatro ou mais horas sentados por dia (mediana), à exceção da categoria etária dos 30-69 anos, que reportou passar três horas ou mais (mediana).
A faixa etária com maior volume de tempo sentado diário é a dos 15 aos 29 anos (25% passa sete ou mais horas por dia sentado), seguida pelo grupo dos 70 ou mais anos (21%) e, por último, da faixa etária entre os 30 e os 69 anos (15,1%).
O documento lembra que a evidência científica indica que cerca de 10% dos casos de cancro do cólon, 10% dos casos de cancro da mama, 7% dos casos de diabetes e 6% dos casos de doença coronária na população mundial podem ser prevenidos com níveis de prática de atividade física “compatíveis com as recomendações globais” e acrescenta que 9% dos casos de morte prematura poderiam também ser evitados.
Além do seu papel preventivo fundamental – insiste o relatório -, a prática de atividade física contribui para o atraso da progressão de diversas doenças crónicas não transmissíveis, “nomeadamente de sete grupos importantes de patologias: cardiovasculares, oncológicas, pulmonares, metabólicas, psiquiátricas, neurológicas e musculoesqueléticas”.