O fim do uso de máscara nos espaços interiores está a ser equacionada, mas isso só acontecerá quando diminuir a mortalidade por covid-19 em Portugal e atividade epidémica estiver mais baixa, disse hoje a diretora-geral da Saúde.
“Temos um marco importante a cruzar que é diminuir a mortalidade para os níveis que o ECDC [Centro Europeu de Controlo de Prevenção de Doença] preconiza”, 20 mortos por milhão de habitantes, disse Graça Freiras aos jornalistas, à margem das 13.ª Jornadas de Atualização das Doença Infecciosas do Hospital Curry Cabral, que decorrem hoje e sexta-feira, em Lisboa.
Graça Freitas adiantou que o país está na primeira fase de redução de medidas e ainda são necessárias cautelas, até avançar para a segunda etapa.
“Vamos esperar que o vírus atinja os mínimos possíveis para nos darem alguma liberdade também no que diz respeito à utilização de máscaras”, mas as medidas dependerão sempre da “dinâmica do vírus”, adiantou.
Nas jornadas, o especialista em Saúde Pública da DGS, Pedro Pinto Leite, apontou o dia 03 de abril como uma data possível de uma nova fase da pandemia. Questionada sobre esta meta, Graça Freitas disse que é apenas uma projeção.
Graça Freitas falou ainda sobre a preocupação manifestada nas jornadas com o crescimento da linhagem da variante Ómicron (BA.2) que está a tornar-se dominante, havendo alguns sinais de outros países, nomeadamente da Dinamarca, que pode ter um padrão diferente da outra linhagem inicial (BA.1).