A proposta de Orçamento Municipal de Oliveira do Hospital para 2025, já aprovada em reunião do executivo, esteve ontem à noite em destaque no programa de debate político da Rádio Boa Nova, que conta com a participação de quatro representantes partidários: Rui Monteiro (PS), Mário Alves (PSD), Rafael Dias (CDS-PP) e João Dinis (CDU).
Estando certa a aprovação do documento na reunião da assembleia Municipal que vai decorrer ainda neste mês de dezembro, o Orçamento foi visto pelos partidos que fazem oposição ao executivo municipal socialista, como sendo de “continuidade”. Assim começou por considerar Rafael Dias (CDS-PP), constatando que o Orçamento “continua sem responder a áreas fundamentais” como sendo a mobilidade, a floresta, entre outras. “Não colhe, nem de longe nem de perto a nossa simpatia”, referiu.
A declarar um “voto contra” o documento, ainda assim João Dinis (CDU) não considerou exagerado o aumento de quase 10 por cento em relação ao orçamento de 2023. De entre outros aspetos positivos que conseguiu identificar, como a dívida de três milhões de Euros em empréstimos bancários que espera que “não aumente”, João Dinis contestou o “desequilibro entre o investimento na cidade e as restantes freguesias”. Considerou uma “entorse grave” o valor de 15 milhões de Euros associadas à rubrica “Outros” que entende que “não é transparente do ponto de vista democrático”. “Há zonas que não são claras”, frisou”.
Do lado do PS, Rui Monteiro começou logo por constatar que se trata do “maior orçamento a ser executado em Oliveira do Hospital. E questionou: “alguém estava à espera de um Orçamento Municipal que fosse de rutura?”. “O executivo PS vai no 15º orçamento e prepara-se para o 16º”, comentou, estando certo de que o orçamento agora aprovado “responde às necessidades das pessoas”. “Não tenho dúvida de que é um orçamento social, económico-financeiramente responsável que vai valorizar Oliveira do Hospital e trazer melhorias enquanto concelho e enquanto cidade. Será um orçamento de continuidade em relação aos 15 anos anteriores”, defendeu
“Deixe-mo-nos deste embuste político de Rui Monteiro”, reagiu Mário Alves (PSD) considerando que este é um “orçamento irrealista”. Tal como João Dinis, o ex presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital também apontou o dedo à rubrica “Outros” para notar que o valor que lhe está associado “será o mesmo que em dezembro do próximo ano o executivo vai rever em baixa para cumprir o orçamento”. Considerou por isso que “este é um orçamento mentiroso”. “Uma coisa é orçamentar, outra coisa é executar”, reiterou
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