A Coligação do PSD/CDS-PP candidata à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital saiu, hoje, em defesa da presidente da Junta de Freguesia de Travanca de Lagos e candidata pela coligação, visada num ‘infomail’ distribuído na freguesia numa ação de campanha do Partido Socialista.
O caso levou à realização de uma conferência de imprensa, na qual, Ana Teresa Falcão de Brito denuncia “várias afirmações que se reputam de atentatórias do bom nome e da honra da Junta de Freguesia de Travanca de Lagos” e repudia “veementemente a lamentável postura institucional da estrutura concelhia do Partido Socialista”. A autarca e candidata pelo PSD/CDS-PP informa ainda que irá agir judicialmente.
Em causa está “provavelmente a ação de campanha do PS” que Francisco Rodrigues, candidato à Câmara Municipal pela coligação, considera mais “desprezível e indecente, dizendo coisas relativamente à candidata e aos seus colegas”.
Em reação ao infomail, o cabeça de lista pela coligação esclarece que Teresa Falcão de Brito “ganhou as eleições, tanto quanto as ganhou o tal candidato que foi eleito e que à mínima fragilidade se pôs a andar daqui para fora e que abandonou a população que votou nele”. “Ele não tem autoridade moral para dizer uma única palavra em Travanca de Lagos e, muito menos, para atacar as pessoas com quem formou equipa há quatro anos”. Continuou dizendo que Teresa Falcão de Brito “cumpriu a lei, assumiu o mandato para o qual tinha sido eleita após o abandono do atual presidente da Junta eleito”.
Francisco Rodrigues clarifica ainda que, ao contrário do que é avançado no ‘infomail’, “quem faltou à cooperação e à solidariedade foi a Câmara Municipal quando, vezes sem conta, se comprometeu em realizar os investimentos que estava combinado em Travanca de Lagos e foi sempre adiando até à altura em que tentou, à força, garantir o compromisso da Ana Teresa e dos seus colegas como candidatos pelo PS”.
Aos jornalistas Francisco Rodrigues adiantou que, a agora candidata pela coligação honraria a sua palavra de ser candidata pelo PS se a Câmara Municipal tivesse cumprido os compromissos relativamente à “colaboração e solidariedade financeira para a realização de obras”. “Em lugar disso (no infomail) apresentam um montante de 500 mil Euros que são completamente mentira”, concluiu.
“Foi por minha intervenção direta que esses 5 milhões de Euros foram, passado algum tempo, transformados em 5,5 milhões de Euros”, esclareceu.
Esta tarde, Francisco Rodrigues reagiu também às acusações que lhe foram dirigidas pelo ainda presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, de que se tornou num “mentiroso compulsivo”. “Eu estive na reunião que houve na CCDRC, na qual foram aprovados os 5 milhões de Euros para o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Oliveira do Hospital. Foi por minha intervenção direta que esses 5 milhões de Euros foram, passado algum tempo, transformados em 5,5 milhões de Euros”, esclareceu.
Sobre a acusação de que queria pertencer ao Conselho de Administração do Crédito Agrícola (CA), Francisco Rodrigues esclareceu que José Carlos Alexandrino é que fica na história do CA, como pertencendo à “única administração que foi destituída, para ser substituída por uma administração provisória nomeada pela Caixa Central”. “O que eu lhe disse sempre foi que, se tentasse manipular uma eleição na qual ele interviesse isoladamente na escolha das pessoas que viessem a fazer parte do Conselho de Administração, e se eu não concordasse, poria a hipótese de formar uma lista concorrente a essa”, revelou.
Já no que respeita à acusação de que quereria fazer parte da direção da empresa “Águas Públicas da Serra da Estrela”, Francisco Rodrigues esclareceu que foi José Carlos Alexandrino que “por duas ou três vezes” insistiu para que fosse com ele para diretor executivo da empresa. “Palavras dele, e se for um homem que as negue e que prove: eu quero-te levar a ti porque tu és a única pessoa de confiança que eu quero levar comigo”, continuou o candidato que disse ter respondido: “não contes comigo, porque eu não confio nessa empresa, porque uma empresa gerida por critérios políticos, passados dois anos, está insolvente, está falida”. Esta tarde, Francisco Rodrigues disse ter declinado o convite por “não querer que a sua carreira ficasse ligada à insolvência de uma empresa pública”