Em Tábua continua a troca de “galhardetes” em torno do já polémico pedido de prospeção e pesquisa de minerais na zona designada por “Vale de Gaios”. Depois do comunicado do PS de Tábua, a Coligação PSD/CDS-PP saiu em defesa do vereador Fernando Tavares Pereira. Também a líder da bancada na Assembleia Municipal de Tábua, Paula Ribeiro se insurgiu.
“Quando se vem dizer que o vereador não está presente nas reuniões do Município, isso não tem impedido que o vereador Fernando Tavares Pereira, embora por motivos profissionais/pessoais, não tenha conhecimento de tudo o que ocorre nas reuniões de Câmara Municipal e Assembleia Municipal, reunindo presencialmente, telefonicamente ou via internet com a equipa para discutir os assuntos de interesse do concelho”, começa por referir a coligação, clarificando que “na última reunião de Câmara, o vereador Vítor Melo questionou acerca do processo de mineração no concelho, como já o tinha feito no mandato anterior (2017-2021), em primeira mão, aquando da possível prospeção de Lítio no concelho”.
A coligação que garante que também tem alertado para “o abismo financeiro” do Município, lamenta que “o PS esteja mais preocupado com as presenças do vereador Fernando Tavares Pereira, criando ruído e não esclarecendo e resolvendo os problemas dos Tabuenses”.
Insiste que “lamentavelmente o Município de Tábua, durante dois anos não teve o cuidado de informar acerca deste processo, nem os vereadores da oposição, os deputados municipais, de freguesia e a população/eleitores”. Para além disso, como faz notar, em algumas Assembleias Municipais “os vereadores da oposição pedem a palavra para esclarecer a Assembleia acerca dos respetivos assuntos da ordem do dia e são impedidos de o fazer pelo presidente da Mesa da Assembleia, como ainda aconteceu na última Assembleia Municipal”.
A reiterar a posição contrária à prospeção e pesquisa de minerais, a coligação pede ao executivo PS que esclareça “porque ocultou este processo tão importante para o concelho”. Também a líder de bancada da Coligação Coragem para Mudar – PSD/CDS Paula Ribeiro recorreu a um comunicado para “lamentar profundamente as expressões usadas” no comunicado do PS e Tábua , no caso em concreto em relação aos membros da assembleia, e que considera ser um “ataque gratuito e sem fundamento”. Esclareceu que a Assembleia do dia 29 foi uma assembleia atípica no que diz respeito às presenças dos deputados municipais, da coligação PSD/CDS, em dois anos de mandato, nunca aconteceu esta situação, lamentando-se profundamente que o PS use esse subterfúgio para ganhar populismo no seio dos Tabuenses.
“O grupo do partido socialista esquece-se que nós não fazemos da política profissão, somos profissionais que não dependem da política nem de cargos públicos, somos todos e todas pessoas idóneas, cujo único intuito é exercer o seu mandato, com seriedade e sentido de responsabilidade”, prossegue a responsável, para quem “este tipo de argumentação, só serve para distrair os Tabuenses do que de facto é importante”
Paulo Ribeiro entende que o tema em questão poderá, se não for devidamente abordado e tratado atempadamente, com a população e todos os intervenientes, a breve trecho influir na qualidade de vida dos tabuenses e das suas famílias. “Temos que travar todo o tipo de ações que ponham em causa esse mesmo paraíso, que todos nós conhecemos”, defende a responsável, considerando que “mais democracia, mais seriedade e mais enriquecimento na nossa deontologia política, deve ser o objetivo de todos os que são legalmente eleitos quer se encontrem no poder, quer na oposição”.