O projeto CLDS 5G VIVER. COM continua empenhado em ser voz ativa dos mais idosos e isolados. Foi com este espírito que dinamizou, esta quarta-feira (29), em parceria com o Destacamento Territorial da Lousã da GNR, uma Sessão de Esclarecimento sobre prevenção de furtos, roubos, burlas e medidas de autoproteção.


No auditório da Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, dezenas de idosos escutaram atentamente os conselhos da GNR que, nos últimos anos, tem verificado um aumento de número de queixas por este tipo de crimes.
Movido pelo objetivo de “combater o isolamento e dar voz a quem tem voz”, o CLDS quis ser parte integrante da capacitação dos mais velhos para a “prevenção deste flagelo”. Elsa Agostinho, coordenadora do projeto, espera que os idosos possam “colocar em prática os cuidados a ter para geriram o dia-a-dia com mais segurança”. Na sessão, alguns beneficiários do CLDS testemunharam situações já vividas ou presenciadas, sendo certo que o projeto continuará, nos próximos quatro anos, a “abraçar quem precisa”. “O projeto está com eles diariamente, ou com visitas domiciliárias ou com contactos telefónicos”, explicou.
“Os números preocupam-nos”
Segundo o Cabo-Mor Marques, os dados revelam que, entre 1 de janeiro e 15 de setembro de 2025, a GNR registou 1942 ocorrências de crimes contra idosos, nomeadamente burlas. “São números preocupantes, por isso é importante realizar estas ações”, afirmou.
Segundo o responsável, a GNR tem dinamizado estas sessões com o intuito de apresentar “medidas de autoproteção para minimizar qualquer tentativa deste tipo de ilícitos”.
Os elementos da GNR explicaram a dúvida que, muitas das vezes, persiste. Afinal, qual a diferença entre roubo e furto? Segundo os responsáveis, trata-se de um furto “quando não há contacto entre o autor do crime e a vítima” e por roubo entende-se uma ação onde há esse contacto entre o criminoso e o lesado, que ocorre “normalmente com violência”.
Segundo a GNR, os idosos são os alvos mais fáceis pois estão “mais desprotegidos, mas indefesos, mais isolados e agem de boa fé”. A estatística mostra que, nos últimos anos, as burlas têm aumentado por via de “visitas domiciliárias, por contactos telefónicos e meios digitais como SMS com referência para pagamentos indevidos, compras online, pishing ou o conhecido esquema ‘Olá mãe, Olá pai’”. Assim, a GNR aconselha a não responder a chamadas e mensagens, tal como “não carregar em links desconhecidos”.
Relativamente a furtos e roubos, a autoridade defende que deve deixar portas e janelas fechadas na sua ausência, não ter dinheiro em casa, não assinar papéis sem ler, não deixar entrar nem revelar informações a quem não conhece. Na rua, a GNR alerta: ande apenas com o dinheiro necessário, não ande com objetos de valor, nem com carteiras na mão ou bolso, coloque a mala do lado oposto da faixa de rodagem e desconfie de esquemas que lhe ofereçam dinheiro fácil.
Seja abordado em casa ou na rua, devem “registar sempre as características das pessoas” como idade, altura, tatuagens, barba, óculos, sinais, piercings, cabelo, entre outros. Se houver alguma viatura envolvida, deve reter dados importantes como a matrícula, a cor, a marca e o modelo. Deve depois avisar de imediato a GNR.
Caso seja abordado e desconfie de alguma situação, a autoridade explica que devem ligar para o posto policial da área de residência ou, caso não seja possível, a chamada deve ser feita para o 112.



























