Terminou, ontem, a Conferência Internacional em Economia Circular que juntou 25 especialistas e entidades internacionais no CECOLAB (Laboratório Colaborativo para a Economia Circular), instalado na BLC3.
Para Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, que ficou a cargo do encerramento do evento, a Conferência Internacional permitiu “mostrar ao mundo que fazemos ciência e tecnologia de ponta no interior de Portugal”, através de “um Laboratório Colaborativo onde trabalham pessoas qualificadas”.
Defendeu ainda que “é o resultado de medidas que este governo tem adotado, valorizando o interior do país”. Na ocasião, congratulou João Nunes, CEO da BLC3 e presidente do CECOLAB, por ter “não ter deixado a sua terra e fazer de Oliveira do Hospital o seu projeto de vida e o projeto de vida de muitas pessoas de valor”.
“É muito possível vivermos com qualidade de vida no nosso interior, que é cheio de oportunidades e não deve ser visto só como um local de turismo”, defendeu.
Sobre a temática da Conferência, a ministra considerou que a “Economia Circular é muito importante nos territórios rurais e urbanos, porque o objetivo é prolongarmos a duração do ciclo de vida dos produtos, é diminuir os desperdícios e reintroduzi-los nas cadeiras de valor como matéria-prima”.
“É uma das áreas com prioridade no próximo programa Portugal 2030, nomeadamente na introdução deste conhecimento, no processo produtivo das empresas, na forma de fazer indústria, na gestão da floresta, na gestão das cidades”, disse.
Por sua vez, João Nunes referiu que, até ao momento, “parecia impossível realizar grandes encontros nas regiões do interior como Oliveira do Hospital”.
“Criámos um novo modelo: conseguir organizar grandes encontros internacionais, ligando os melhores oradores na parte da Economia Circular. Juntámos o meio científico e o meio político porque só se consegue crescer nestas regiões havendo, também, um olhar e apoio de Lisboa”, disse, referindo-se nomeadamente aos Ministérios da Coesão Territorial e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Na perspetiva do responsável, “este encontro foi para criar ligação de confiança entre pessoas e entidades”. “Ligar pessoas é o mais difícil e foi o que conseguimos fazer: ligar pessoas a esta região”.
No encerramento do evento, o presidente do CECOLAB destaca a assinatura do “protocolo de cooperação entre o Laboratório Colaborativo para a Economia Circular, o Centro de Inovação do Brasil e uma rede de Economia Circular de África”.
“O grande objetivo será iniciar um processo de construção de uma agenda global para a Economia Circular com base na ciência e conhecimento”, concluiu.