Os candidatos a deputados pela CDU às Eleições Legislativas de 30 de janeiro defendem que a conclusão do IC6 é “uma obra necessária” para a região do interior, nomeadamente para a população oliveirense. Esta tarde, alguns candidatos estiveram no “fim” do Itinerário Complementar para “exigir” o prolongamento do mesmo.
Em declarações à Rádio Boa Nova, Inês Carvalho, candidata número dois da CDU pelo Círculo de Coimbra, adiantou que a iniciativa teve como objetivo “reafirmar a necessidade do prolongamento do IC6.
“As populações estão cansadas das promessas e do adiamento desta obra. Uma obra que é necessária para o dia-a-dia da pessoas e para o desenvolvimento desta zona”.
Defendendo que a conclusão da obra iria permitir mais “permanência de populações” e melhor “acesso aos serviços”, a candidata por Coimbra realça que “são mais de 15 anos de espera”.
Apesar de a obra contar com “um horizonte para recomeçar”, Inês Carvalho não entende que “não haja nenhuma justificação para que comece no imediato, pela urgência que tem e pela existência de fundos que já foram anunciados”.
O partido encabeçado por Manuel Rocha em Coimbra considera que os “constantes recuos” são “sinais de que não há, de facto, uma determinação em concluir a obra”.
À Rádio Boa Nova, Inês Carvalho sublinhou ainda a importância que a obra representa “do ponto de vista dos incentivos à produção”, com a fixação de empresas.
“Se determinadas empresas estivessem mais perto de Oliveira do Hospital, talvez a estrada já tivesse chegado há mais tempo”, frisa, notando que “é preciso criar condições para que as pessoas possam trabalhar e que este se torne um concelho possam e queriam viver”.
Na área da saúde, a CDU defende que “é necessário fazer algo a nível dos cuidados de saúde primários que também são um problema”. “É uma luta da qual a CDU não abdica”, afirmou.
Para além da acessibilidade e mobilidade, o partido aponta outras questões como prioridade.
“As questões dos direitos, salários e pensões afetam as pessoas em todo o lado. Aqui, há questões mais concretas relacionadas com as condições que as pessoas têm para se fixar nestes territórios”, começou por enumerar.
Inês Carvalho sublinhou que “é preciso reabrir e revalorizar os serviços públicos”, assim como ter “mais atenção à agricultura e à floresta”.
“Ouvimos dizer que o interior está desertificado. A questão não será tanto essa. Faltam pessoas também para cuidar da floresta e que esta tenha outro equilíbrio. As pessoas sentem-se abandonadas e sem meios para poderem ter rendimentos da terra”.
A CDU defende, por isso, o apoio à agricultura familiar e medidas que “permitam as pessoas fixar-se aqui e ter qualidade de vida”. “É o que deve haver, por razões de justiça, mas também por razões de desenvolvimento do país”, concluiu.