O concelho de Oliveira do Hospital regista, de acordo com dados até 3 de maio, 54 casos acumulados a 14 dias e uma taxa de incidência de 280 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o especialista Carlos Antunes, o concelho deve subir ao nível laranja.
No espaço de análise à pandemia Covid-19 realizado, esta tarde, na Rádio Boa Nova, o professor e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, disse que o concelho tem “uma situação um bocadinho pior do que municípios vizinhos”, nomeadamente Tábua e Carregal do Sal.
“Se esta avaliação for utilizada, o que for publicado (pelo Governo) será com base nos dados fornecidos até dia 5 de maio. Acho difícil que a taxa de incidência de Oliveira do Hospital baixe dos 240 casos”, referiu o especialista, que estima para o concelho um Rt “superior a 1”.
Esta tarde, Carlos Antunes chegou a prever que o concelho oliveirense fosse, já nesta semana, regressar a algumas medidas de restrição. Tal não se veio a verificar, já que o concelho se mantém na lista de risco, mas sem indicação para recuar (informação avançada em briefing após Conselho de Ministros).
“O critério usado agora é uma espécie de duas avaliações negativas”, chegou a explicar o oliveirense Carlos Antunes, que não concorda com o facto de a nova estratégia de avaliação não considerar “a taxa de variação diária” em cada concelho.
Os bons resultados que o país tem vindo a registar “devem-se ao facto de termos conseguido trazer a incidência para valores muito, muito baixos”, situação que é complementada com a “testagem em massa”.
Na Rádio Boa Nova, o investigador Carlos Antunes verificou que, a nível nacional, “a estratégia de testar todos os contactos de alto e baixo risco dos infetados está a dar bons resultados”. “Foi pena começar muito tarde”, sublinhou, notando que se tivesse iniciado mais cedo ter-se-ia evitado a vaga do início deste ano. Os bons resultados que o país tem vindo a registar “devem-se ao facto de termos conseguido trazer a incidência para valores muito, muito baixos”, situação que é complementada com a “testagem em massa”. “Tem permitido manter a transmissibilidade em valores controláveis, com índice em 1 ou abaixo de um”, considerou o especialista, verificando que o país deverá “continuar neste bom rumo”. Na Rádio Boa Nova, Carlos Antunes disse esperar que “a vacinação aumente a sua cobertura vacinal para ganharmos mais rapidamente a imunidade e possamos passar o verão e iniciar o outono já com imunidade de grupo e evitar uma nova situação pandémica”.
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