O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital reclamou junto da empresa Infraestruturas de Portugal (IP) uma intervenção no troço do IC6 onde, na terça feira à noite morreram dois jovens do concelho. No mesmo local, em julho do ano passado, também faleceram dois estudantes da ESTGOH e na madrugada de 1 de janeiro deste ano um menino de 4 anos também não resistiu à gravidade dos ferimentos num acidente de viação.
“Estamos a falar de cinco vítimas num curto espaço de tempo”, constatou José Francisco Rolo que, ontem, em declarações aos jornalistas começou por lamentar a morte de David Lopes e Alberto Costa, e deu conta da diligência feita junto da IP, tendo em vista intervenção no troço em causa em que “as duas faixas passam para uma, num e noutro sentido, apesar de haver duplo traço”.
“Foi pedido para que sejam tomadas medidas para reduzir a sinistralidade”, avançou o autarca que defende a criação de um separador central na via, sugerindo a colocação de blocos de betão.
“O que exigimos é que se reduza a sinistralidade e se pare a mortandade que tem havido naquele troço”, continuou o autarca que falou pessoalmente com o diretor regional da IP, o engenheiro Nuno Gama, e reiterou a posição através de email que lhe foi dirigido.
Da parte da IP, o autarca oliveirense disse ter recebido a indicação de que “será feito um diagnóstico da zona para avaliar a perigosidade do troço” e se “reduzir o risco”.
Afinal, como notou o autarca, este é um local onde “há sistematicamente colisões frontais” e “há a repetição de um padrão que tem que se avaliar”. Por isso, “foi pedida celeridade na avaliação e nas soluções para evitar situações como esta”. “Aquele troço mata e tem matado”, alerta.
Do mesmo modo, José Francisco Rolo informou ter também reclamado junto da IP a colocação de semáforos e lombas de redução de velocidade, no troço perigoso da EN17, na Chamusca da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital, onde no ano passado uma menina foi atropelada mortalmente.