A Assembleia Municipal de Seia aprovou, por unanimidade, as propostas de desagregação de três uniões de freguesias.
Segundo um comunicado da Câmara de Seia, a Assembleia Municipal realizada no dia 19, aprovou, por unanimidade, as propostas para a desagregação da União das Freguesias de Santa Marinha e São Martinho, da União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros e da União das Freguesias de Vide e Cabeça. “As três propostas de desagregação já haviam merecido o parecer favorável, também por unanimidade, da Câmara Municipal, justificado pela salvaguarda da vontade do povo destas freguesias, manifestada pelos seus legítimos representantes, as Assembleias de Freguesia”, referiu a fonte.
O município de Seia esclarece que a deliberação da Assembleia de Freguesia de Vide e Cabeça “foi tomada em reunião ocorrida a 7 de Setembro de 2022” e o processo foi remetido à Câmara Municipal no dia 24 de Outubro. Já o processo de desagregação da União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros “foi deliberado a 7 de Outubro pela respetiva Assembleia de Freguesia, e o de Santa Marinha e São Martinho a 20 de Novembro, tendo estes sido apreciados pela Câmara Municipal a 21 de Novembro”.
“O justificativo que acompanha o processo da União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros refere a dificuldade de gestão territorial e equilíbrio das decisões políticas e técnicas, pelo facto desta União de Freguesias representar cerca de 12,35% do território do concelho (53,796 km2), correspondendo, de acordo com os dados provisórios dos Censos 2021, a 40,01% da população total do concelho”, lê-se.
De acordo com a fonte, a proposta refere ainda que tal situação “cria uma disrupção que não favorece o desenvolvimento e ordenamento equilibrado, tendo em conta a realidade administrativa do município de Seia”. A rematar, o documento aponta o facto de as freguesias a criar serem “viáveis em termos sociais e possuidoras de forte individualidade e identidade histórica”.
A Câmara Municipal de Seia adianta que as três propostas de desagregação foram remetidas à Assembleia da República, no dia 20 de Dezembro, “para a sua apreciação final e decisão de legislar no sentido de criar novas freguesias” no concelho.
Fonte: Jornal Terras da Beira