O presidente do Município de Oliveira do Hospital reagiu, hoje, às acusações que lhe foram dirigidas pelo candidato da coligação PSD/CDS-PP, “que não passa de um mentiroso miserável e compulsivo”.
Considerando que Francisco Rodrigues não se “interessa pelos meios para atingir os fins”, José Carlos Alexandrino avançou que possui “documentos que provam que ele mentiu em várias coisas”, entre as quais ter dito que o “presidente da Câmara tinha sido corrido e destituído da Caixa Crédito Agrícola Mútuo de Oliveira do Hospital, que estava na lista negra e que não podia ter tomado posse”.
Na conferência de imprensa, o autarca apresentou aos jornalistas um documento assinado por Armando Lopes Alves, Presidente do Conselho de Administração do Crédito Agrícola, onde o responsável refere que “(…) nunca V. Exma. [José Carlos Alexandrino] foi destituído de qualquer cargo nesta Caixa, não está, nem esteve em qualquer lista negra ou ferido de qualquer irregularidade que o impedisse de concorrer a qualquer lugar em qualquer lista para os Órgãos Sociais desta Caixa”.
“Isto demonstra, claramente, que este indivíduo não tem princípios, não tem moral. Se ele chegou a algum cargo dos Órgãos Sociais do Crédito Agrícola foi pela minha mão. Brevemente, vou propor a expulsão dele como sócio do Crédito Agrícola. Esta é uma das maiores mentiras, com a colaboração daquele jornal que eu derrotei nas urnas já em 2013 e em 2017. Um pseudo-jornal que está ao serviço desta candidatura [PSD/ CDS-PP], também do CHEGA e da CDU”.
Na sequência das declarações proferidas por Francisco Rodrigues, José Carlos Alexandrino agirá “judicialmente contra o candidato”. “Apresentarei queixa, porque é um crime de difamação e é uma mentira pegada”, avançou.
O ainda presidente do Município de Oliveira do Hospital aproveitou a ocasião para se defender de outra acusação de Francisco Rodrigues que “disse que a Câmara estava com compromissos negativos no valor de cerca de dois milhões de Euros”.
Para comprovar que fala verdade, José Carlos Alexandrino muniu-se de um documento redigido pelo “chefe do Gabinete de Finanças” da Câmara Municipal, onde se lê que “o Município de Oliveira do Hospital, desde 2018, graças à sua situação financeira, não se encontra obrigado à elaboração mensal do mapa de Fundos Disponíveis”. “Ainda assim, entendeu o Sr. Presidente da Câmara que o mesmo continuasse a ser elaborado, apresentado e aprovado nas reuniões de Câmara”, lê-se ainda no documento.
De uma forma mais simples, José Carlos Alexandrino explicou que “as obras são pagas conforme vão avançando” e que “agarraram naquelas que eram as responsabilidades no valor de seis milhões de Euros e largaram-nas todas em janeiro de 2022, em vez de terem repartido mensalmente”.
A propósito, o autarca realçou ainda que “um funcionário da Câmara Municipal está obrigado ao sigilo profissional”, questionando “como é que ele utiliza dados que não tinha que ter”.
“Percebemos que alguém dentro da Câmara, com ele, fizeram este número para nos denegrir. Decorrerá um processo interno de averiguação para percebermos quem tem responsabilidades”.
A concluir, o autarca fez questão de dizer que tem uma “Câmara equilibrada financeiramente”.