O representante do Partido Socialista no programa Vice-Versa da Rádio Boa Nova admitiu, na passada terça-feira à noite, que “não há dúvida nenhuma” de que para o partido este “não é momento certo” para a realização de eleições legislativas.
Assim entende Rui Monteiro, porque durante os “10 meses de gestão”, o que o governo da AD fez foi “distribuir o excedente orçamental que lhe foi deixado pelo Partido Socialista, foi aproveitar aquilo que eram as contas certas e saudáveis que o Partido Socialista lhe deixou e, com base nisso, acalmou efetivamente as classes sociais que estavam em alguma efervescência”.
Verificando que “na verdade”, o governo de Luís Montenegro “não resolveu nenhum outro problema do país”, o melhor seria que o executivo se mantivesse por “mais tempo”, porque “quanto mais tempo estivesse e menos fizesse”, seria “mais fácil” para o partido de Nuno santos.
Ainda que para o Partido Socialista este não seja “se calhar” o melhor momento, Rui Monteiro também entende que “não poderia jamais o Partido Socialista votar favoravelmente (a moção de confiança), vincular-se, dar a mão ou dar o braço ao PSD e ao Governo, mais do que já fez”. “Que ninguém nos venha dizer que estas eleições acontecem porque o PS quis. Não”, sustenta o socialista.
Pese embora esta convicção, Monteiro está certo de que “o PS tem e terá sempre, em Portugal, condições para vencer eleições”.
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