O valor mediano com que os bancos avaliaram as casas em Portugal em novembro atingiu um novo recorde em novembro de 2024, fixando-se num valor de 1.740 euros por metro quadrado (m2), mais 19 euros que em outubro, segundo revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Quando se vai ao detalhe por município, dois dos valores mais baixos são nesta região.
Os valores mais altos encontram-se nos municípios de Lisboa, Cascais, Oeiras, Loulé e Lagos (3.922, 3.247, 3.147, 2.767 e 2.747 euros por m2, respetivamente), enquanto os mais baixos estão em Moura, Seia, Porto de Mós, Nelas e Guarda (829, 831, 855, 859 e 860 euros por m2, respetivamente), escreve o Expresso. Em Oliveira do Hospital, o preço mediano foi de 987 euros por m2.
Por regiões, no mês em análise, foi nos Açores que se registou o aumento mais forte face ao mês anterior (2,2%), tendo-se verificado a maior descida no Algarve (- 0,4%). Já quando a comparação é feita com o ano anterior, a variação mais intensa ocorreu na Madeira (19,2%), não tendo sido registada descida em qualquer região.
O INE concluiu que, em novembro de 2024, a Grande Lisboa, o Algarve, a Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 47,1%, 32,9%, 17,2%, 12,9% e 3,4%, respetivamente. Por outro lado, Beira Baixa, Beiras e Serra da Estrela e Alto Alentejo foram as regiões que apresentaram valores mais baixos relativamente à mediana do país (-49,4%, -49,3% e -48,6%, respetivamente).
Valor aumenta quase 15% face a 2023
O valor registado representa um aumento de 13,7% face a novembro de 2023 e uma subida de 1,1% face ao mês anterior. Em outubro a avaliação bancária das casas tinha apresentado um crescimento homólogo de 12% e foi nesse mês que o indicador passou pela primeira vez a barreira dos 1.700 euros por m2.
Este valor tem em conta o número de avaliações bancárias feitas pelos bancos às casas no mês em análise e nos dois meses anteriores. Assim, para chegar ao valor mediano, o INE teve em conta 37,2 mil avaliações – o valor mais alto desde que há registo – mais 6,5% que em outubro e quase mais 28% face a novembro de 2023. A avaliação bancária é necessária para quem precisa de pedir um empréstimo ao banco e o número de avaliações tem subido desde agosto, o que coincide com a entrada em vigor da isenção de IMT e imposto de selo para os jovens, uma medida que os especialistas avisaram que iria incentivar a procura de habitação.