De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, prevê-se um agravamento das condições meteorológicas (precipitação persistente, vento forte e agitação marítima) associado à tempestade KIRK.
Está prevista precipitação persistente, por vezes forte, até ao final da manhã do dia 9 no Norte e Centro, com maiores acumulados nas zonas montanhosas do Minho; vento de sudoeste, com rajadas até 95 km/h a norte do Cabo Mondego na madrugada/manhã do dia 9, sendo até 120 km/h nas terras altas do Norte e Centro; e o ondas do quadrante oeste com 4 a 5 metros na costa ocidental, aumentando para 5 a 7 metros no dia 9.
As atutoridades alertam para a possibilidade de ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; a ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; deslizamentos,
derrocadas e outros, contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais; arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que ficaram sem coberto vegetal e com cinza acumulada à superfície, que funciona como uma matéria impermeável, mais expostas e vulneráveis à precipitação, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.