Oliveira do Hospital comemorou, esta manhã, o 25 de Abril com uma sessão solene dando “voz” a todos os partidos com representação no concelho.
Foi à entrada dos Paços do Município que o entoar do hino nacional pelo Choral Poliphónico do Alva serviu de sinal para o hastear da bandeira nacional. Iniciava-se assim a comemoração oficia do 43º aniversário do 25 de Abril. A fanfarra e a Escolinha de bombeiros conferiram ainda maior dignidade ao momento.
Pela primeira vez, as comemorações prosseguiram na rua. O local escolhido foi o Jardim Oliveira Mano, em pleno centro da cidade. À semelhança de anteriores comemorações, todos os partidos tiveram “voz” na sessão municipal.
“Continua a fazer sentido comemorar Abril”, começou por referir o presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, que feliz pela reposição da liberdade conseguida com 25 de abril, tem a registar que “não foi fácil o caminho percorrido desde aquela data”. Destacou os “muitos obstáculos criados à democracia”, mas ainda assim fez um “balanço positivo” dos últimos 43 anos. “Portugal está hoje irreconhecível”, verifica.
Também João Dinis, da CDU, disse que “é com profunda alegria democrática” que comemora o 25 de Abril. Observou que a própria situação política que hoje se vive no país é “consequência de Abril”. “Soubemos agir no momento certo para interromper o período de empobrecimento brutal”, frisou, aplaudindo a solução de governo contra a coligação PSD/ CDS-PP. João Dinis observou, porém, que o país precisa de “mais trabalho, educação, saúde…”, assim como de “preparar a saída do Euro”. “Precisamos de lhes dizer que lixo e bêbados são eles”, frisou.
Da “geração da\liberdade”, Nuno Alves, presidente da concelhia do CDS_PP e candidato à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital notou que o que exige a democracia é “opinião e participação”. Por esse motivo, surge a candidatura do CDS-PP. Nuno Alves frisou, porém, que também a democracia “exige respeito pelo próximo”, situação que espera que venha a acontecer em campanha eleitoral. A sentir-se “gente da sociedade civil”, o centrista criticou os que fazem da política a sua profissão.
Do lado do PSD, Rafael Costa, líder da bancada social democrata na Assembleia Municipal é também da “geração da liberdade” e mostrou-se satisfeito por comprovar que “a democracia triunfou”. O jovem destaca em particular a adesão de Portugal à União Europeia e as conquistas conseguidas nas várias áreas. Entende, porém, necessário que “cada um lute por um poder político credível” e lamentou ver que Portugal é, nalgumas matérias, “um país a duas velocidades”, com “auto-estradas a mais” e “alcatrão a menos”, em especial no interior que tem sido “esquecido por sucessivos governos”.
“Emocionado” ao comemorar o 25 de Abril, Nuno Oliveira, presidente da UF de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços e em representação do PS, encara este como um “convite para celebrarmos a liberdade em responsabilidade, para que estimemos a democracia e participação cívica. “Respeito e tolerância pelo próximo” foram também as máximas defendidas pelo jovem socialista que no percurso de 43 anos de democracia, destacou em particular os 40 anos de poder local”, sem esquecer que “nem tudo foi bom” como a extinção de freguesias, escolas, postos de correios e outros serviços públicos.
“A palavra impossível não consta do meu dicionário”, rematou o autarca, que a fechar a sua intervenção na comemoração de abril, deixou implícita a sua recandidatura à autarquia oliveirense.
Na hora de comemorar Abril, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital destacou todo o trabalho feito pelo executivo que lidera em prol dos “valores de abril”. “O clima político”, a preocupação com as pessoas, o trabalho social e a política de proximidade, o investimento na saúde com apoio dado no alojamento de três médicos e a unidade móvel de saúde, o projeto casa digna que já permitiu a requalificação de 23 habitações… foram alguns dos exemplos dados pelo autarca, a que juntou também o investimento do município na erradicação de quase todas as fossas sépticas e a substituição de água “amarelada” por água de confiança na rede de abastecimento. A presidir a uma “Câmara de porta aberta” que, entre 2010 e 2017 transferiu perto de cinco milhões de Euros para as Juntas de Freguesia, José Carlos Alexandrino referiu que “é com este espírito que estamos a celebrar o aniversário da revolução”.
A participar na última comemoração do 25 de Abril do seu segundo mandato autárquico, Alexandrino destacou também obras há muito reclamadas na cidade como a central de camionagem e outras que estão em fase de concurso e cujo atraso se deveu ao atraso do quadro comunitário. “Nunca um executivo conseguiu tantos financiamentos comunitários”, frisou. Mentor de uma feira do Queijo que hoje é reconhecida a nível nacional, o autarca orgulha-se do prestígio alcançado pelo município, que antes era “apagado e uma vil tristeza”.
Entre outras obras, o destaque recaiu na EN17 e IC6, com a certeza de que a requalificação da primeira iniciará em maio, e a segunda entrará em fase de concurso público até julho deste ano. “A palavra impossível não consta do meu dicionário”, rematou o autarca, que a fechar a sua intervenção na comemoração de abril, deixou implícita a sua recandidatura à autarquia oliveirense. “Não é hora de caminhos de retrocesso… continuo com a mesma esperança que aqui me trouxe em 2009”, observou.