Há 33 anos que o Sampaense Basket o vê crescer. Entrou para o clube de S. Paio de Gramaços aos 12 anos enquanto jogador e hoje, aos 45, é treinador da equipa sénior pela nona vez. Assim, torna-se “fácil aceitar o convite” da direção para continuar a liderar a equipa que milita na Zona Norte da Proliga.
“É um clube que me diz muito”, afirma Cláudio Figueiredo em entrevista à Rádio Boa Nova. Confessa que ainda houve conversações com outros clubes, mas há “uma vida toda ligada a Oliveira do Hospital” e, “infelizmente, não dá para viver só do basquetebol”. Deste longo percurso de mais de três décadas, o técnico recorda quando, aos 18 anos, concluiu o curso nível 1 e liderou a equipa sénior “quando esta atingiu o escalão máximo”.
É um sonho que tem vindo a ser adiado e que, por força da “competitividade da Proliga”, vai escapando época após época. O treinador vai mais longe ao afirmar que “é um sonho para o treinador, para a direção, para o concelho e para a região”. Ainda assim, Cláudio Figueiredo ressalva que o Sampaense Basket é, neste momento, “a única equipa do interior do país a competir entre a primeira e segunda divisão”. Na opinião do técnico, “para atingir outro tipo de objetivos são precisos mais apoios”, pois o Sampaense vive “uma realidade totalmente diferente das equipas dos grandes centros”. “Cada vez é mais difícil trazer jogadores para o interior”, lamenta.
A recordar que, nas últimas duas épocas, o clube do concelho de Oliveira do Hospital conseguiu a manutenção na última jornada, Cláudio Figueiredo quer, agora, atingir esse objetivo “ainda na primeira fase” do campeonato.
De olhos postos no futuro, o profissional garante que “a direção, dentro das suas possibilidades, deu liberdade para a construção do plantel”. E é de olhos postos na manutenção que está a ser construída uma equipa que a possa garantir o mais depressa possível.
“Vai ser uma época muito exigente. Vamos ter de trabalhar muito. Esperamos que não haja lesões e que os jogadores se adaptem à nossa realidade do interior. O Sampaense estará cá para dar o seu máximo”.
Segundo Cláudio Figueiredo, a equipa sénior contará com “três jogadores estrangeiros, quatro renovações, alguns jovens da formação que vão ser seniores pelo primeiro ano e dois atletas sub-18, entre outros”.
Formação continua a ser a grande aposta
Não é segredo para ninguém que, para a direção do Sampaense, a formação continua a ser a grande “aposta”. Para Cláudio, que também assume o papel de coordenador técnico da formação, o clube prima pela “quantidade e qualidade na formação”.
Nos últimos anos, no clube de S. Paio de Gramaços “o número de atletas tem crescido” e, na época passada, “terminou com 90 crianças e jovens inscritos desde o Baby Basket até aos Sub-18”. “Para nós é uma grande conquista”, sublinha. Não é por acaso que o Sampaense é “escola certificada mini basket” e possui “certificação de qualidade”.
O objetivo é também fazer com que os atletas formados no Sampaense consigam integrar a equipa sénior no futuro.