Uma denúncia sobre a morte de um bebé de 14 meses na quinta que aloja o autointitulado Reino do Pineal chegou ao Ministério Público, de acordo com o que avançou ao jornal Expresso o familiar de um membro da seita. A queixa terá partido de um advogado do sul do país.
De acordo com as informações publicadas pelo semanário, a criança morreu em abril do ano passado. O grupo espiritual terá feito uma cerimónia fúnebre e cremado o corpo da criança. “O MP tem de apurar as razões pelas quais o grupo espiritual decidiu fazer uma cremação ao corpo da criança, quais as causas da morte do rapaz e perceber se de facto não houve intervenção de um médico para evitar aquela tragédia”, relata o jornal, citando fontes próximas do processo.
O nascimento da criança foi registado na página do Instagram desta seita, ao contrário da cerimónia de cremação. É sublinhado pelo Expresso que as crianças ali residentes não são acompanhadas por profissionais de saúde, o que causa grande preocupação entre as autoridades.
No final desta semana, uma reportagem da revista Visão, depois sucedida por trabalhos de outros órgãos de comunicação social tornou o grupo conhecido de todo o país. A Rádio Boa Nova acompanha há já vários meses as intervenções e queixas em torno deste grupo, que vive em isolamento numa quinta no Seixo da Beira e que tem motivado denúncias por parte da vizinhança.