No próximo sábado, 8 de julho, a partir das 21h30 cumpre-se a 41ª edição do Festival de Folclore da Beira Serra, organizado pelo Rancho Folclórico Sampaense, de S. Paio de Gramaços (Oliveira do Hospital), que espera atrair gente de toda a região.
Para além do rancho organizador que representa a Beira Alta, o evento vai contar com a participação do Grupo Folclórico As Tricanas de Ovar (Beira Litoral – Vareira/Ovar), o Grupo Folclórico Santa Maria de Moure (Baixo Minho/Barcelos), o Rancho Folclórico Flores Verde Pinho do Coimbrão (Alta Estremadura/leiria) e o Rancho Folclórico S. Tiago de Silvalde (Douro Litoral-Sul/ Espinho).
A dois dias daquele que é o principal evento promovido pelo Rancho que integra a Federação do Folclore Português, o presidente da direção, Manuel Mendes, estima que tal como em anos anteriores o pavilhão Serafim Marques se encha de gente da terra, do concelho e da região para assistir a mais um festival de folclore.
A esta altura, Manuel Mendes, assegura que está tudo praticamente pronto e todos os elementos do rancho estão “mobilizados e a trabalhar”. “Esse é o nosso orgulho. Todos trabalhamos pela mesma causa. Tem sido toda a semana e vai ser assim até domingo”, referiu.
Com 86 anos, Manuel Mendes está ao comando do rancho desde que o mesmo foi criado, em 1976. De lá para cá, o conhecido dirigente já dançou muito. Agora já não dança, mas garante que no rancho, “há muita gente que dança”. Manuel Mendes, emblemático empresário de S. Paio de Gramaços, é o elemento mais velho do rancho. A pessoa mais nova é uma menina com sete anos e que “também já dança”.
O grupo, que ensaia todas as sextas-feiras à noite está aberto à admissão de novos elementos que queiram fazer parte do Rancho. O próprio Manuel Mendes tem muito orgulho de os seus dois netos integrarem o rancho, havendo mesmo várias gerações da mesma família a pertencerem ao Rancho Sampaense. E, Manuel Mendes recomenda. É que como há 25 anos ouviu de um catedrático, quem dança no rancho não envelhece. Diz que esse é também o segredo da sua vitalidade.
Sábado, dia 8 de julho, é o momento indicado para apreciar “as danças, os usos e os costumes de cada região”. Após a sessão de boas vindas dos ranchos participantes e do jantar, realiza-se às 21h30 o desfile etnográfico e, logo depois, tem início o festival com a atuação de cada um dos ranchos. No interior do pavilhão, vão estar duas tasquinhas à disposição dos visitantes onde “podem comer, beber e refrescar-se para que as pessoas se sintam em casa”. Para além da população local, “vem muita gente de fora assistir”, o que para Manuel Mendes “é motivo de orgulho e um estímulo para que possamos fazer muito mais”.
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