O MUDA – Movimento em Defesa do Rio Mondego reuniu em Conselho Plenário no passado dia 25 de junho nas Caldas da Felgueira (concelho de Nelas). Perante 30 apoiantes, o MUNDA abordou vários assuntos no âmbito do seu funcionamento interno e, em particular, do “Plano de Ação para 2023”, e já para 2024. Também foi feita uma abordagem à situação e às perspetivas de Recursos Hídricos desta Bacia Hidrográfica do Rio Mondego.
Estiveram presentes vários convidados, com destaque, entre outros, de representantes do “Movimento MovRioDouro” e do “Movimento ProTejo”, da “Associação de Amigos da Serra da Estrela”, da “Associação do Folhadal”(Nelas) e do “Movimento Mondego Vivo”, bem como o Presidente da Assembleia Municipal de Nelas e outro Membro desta Assembleia e um representante da Junta de Freguesia de Vilar Seco (concelho de Nelas).
“Aspetos do Funcionamento Interno do MUNDA
Foi apresentada a “Carta” do Munda que explana, de forma bastante abrangente, os principais objectivos e princípios gerais do Movimento. Foi aprovada por amplo consenso.
Apresentado foi de seguida o “Regulamento Interno” do MUNDA como arquitectura-base a estruturar o seu funcionamento. Foi aprovado com uma abstenção.
Foram eleitos 3 “Porta-Vozes” do Mundo e indicados 7 membros do “Grupo Coordenador” sendo entendimento que os 3 “Porta-Vozes” também integram o “Grupo Coordenador” do MUNDA.
E após animada discussão, foi aprovado o “Plano de Acção do MUNDA para 2023 e já para 2024”.
Representantes de outros Movimentos congéneres.
O representante do movimento “Pró-Tejo, pelo Rio Tejo”, referiu aspectos comuns aos vários Movimentos existentes como a defesa da qualidade da Água, com Rios Vivos, com Floresta apropriada, com melhores condições Ambientais para, também assim, melhorar a qualidade de vida das Populações e das Populações Ribeirinhas em especial. Para isso, e para lá das actividades próprias de cada Movimento é desejável realizar iniciativas comuns ou convergentes.
Pelo seu lado, o representante do movimento “MovRioDouro” propôs realizar-se uma reunião conjunta dos vários Movimentos congéneres para se sintetizar um traço comum à acção desses Movimentos como, por exemplo, a questão da Seca e da gestão da Água no contexto das Alterações Climáticas.
Falou ainda em que a autonomia e eficiência das Regiões Hidrográficas foram anuladas pela centralização burocratico-admnistrativa nos serviços orgânicos da APA, Agência Portuguesa do Ambiente, a que se junta a falta de recursos técnicos e financeiros destinados a este sector mais do que estratégico dos recursos hídricos.
“Plano de Ação” do MUNDA, para 2023 e já para 2024.
No imediato, o MUNDA deverá pesquisar e apurar elementos concretos sobre a situação dos Recursos Hídricos para basear posicionamentos próximos-futuros.
Também vai intervir em casos concretos de poluição e outros problemas dos Rios e linhas de água, aqui, na região centro, e definir melhor as respectivas causas e seus causadores para se reclamar providências junto das Entidades Públicas e de entidades privadas.
O problema da falta de reflorestação das vastas regiões percorridas por Incêndios Florestais – que “a Água também se planta” – é outro tema estratégico a merecer a melhor atenção por parte do MUNDA.
Em termos de iniciativas do MUNDA com maior abrangência, foi decidido realizar-se um “Encontro/Debate” preferencialmente em Penacova ou até finais de Setembro, por exemplo a 24 de Setembro deste ano – o Dia Mundial dos Rios – ou durante Outubro, como melhor for visto, sob o tema geral “Bacia Hidrográfica do Rio Mondego. Que estratégias face ás alterações climáticas e à seca ?”.
O MUNDA também deve participar em reunião com outros Movimentos congéneres tendo em vista convergir, em acção comum ou convergente, face às magnas questões da Água, da Seca e do abuso sobre os Recursos Hídricos. Foi mesmo sugerido, para tal efeito, o dia 22 Março, 2024, o “Dia Mundial da Água”.
O “Grupo Coordenador” fica desde já incumbido de organizar tais iniciativas.
Este “Conselho Plenário” do MUNDA encerrou com uma “Merenda” proporcionada pela organização, em que foram degustadas algumas iguarias tradicionais como Queijo da Serra, Chouriço da Beira Alta e Vinho Dão, aliás Produtos para cujos “saberes e sabores” muito contribuíram e contribuem o Rio Mondego e seus Afluentes”.