“Respondendo ao clamor dos pais e às terríveis histórias de suicídio e hospitalizações de jovens, os líderes de ambos os partidos transmitem um crescente senso de urgência para lidar com os níveis epidémicos de ansiedade, depressão, solidão e violência na adolescência. Cerca de duas dúzias de governadores descreveram a saúde mental dos adolescentes como uma crise durante seus discursos estaduais este ano e propuseram orçamentos que expandiriam as opções de tratamento
A Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças mostra que 42% dos alunos do ensino médio relatam sentimentos persistentes de tristeza ou desesperança e 22% dizem que consideraram seriamente tentar o suicídio em 2021. É muito pior entre as meninas.Os alunos querem alguém que possa ajudá-los. Eles querem pessoas com quem conversar.” (Excerto de um artigo do passado sábado, dia 1, no Washington Post.)
“O projeto que começou com uma experiência com um aluno já ajudou milhares de crianças e jovens a lidar com as suas emoções e a encontrar mecanismos para controlar a ansiedade.”
09 abr. 2023, 11:30 Jornal O Observador
Na véspera, sexta-feira dia 31, assisti a uma assembleia Geral do Futebol Clube de Oliveira do Hospital onde sócios doridos, pessimistas e revoltados clamavam pelo abandono do Poder Político ao nosso Concelho!
Mas perguntar-se-á o que tem a ver uma coisa com a outra?
Tudo, ou seja, a saúde mental dos adolescentes, o bem-estar dos munícipes, actual conflitualidade social, os radicalismos e populismos pelos quais passa o mundo Ocidental a que pertencemos. Tentarei explicá-lo em 3 capítulos:
- O F.C.O. do Hospital. O desporto e o Social.
- As Confecções em Oliveira do Hospital e o económico
- A saúde, vias rodoviárias, habitação, lazeres, que usufruem os munícipes do Concelho.
O Poder Político no pós 25 Abril teve, nos primeiros anos, a preocupação do Desenvolvimento- abrir estradas, instalar luz, água e esgotos onde não havia, abrir centros de saúde.
O que aconteceu depois no nosso Concelho?
Uma inexistência de políticas de desporto, indústria, cultura, saúde, habitação a médio e longo prazo, por falta de visão e impreparação política dos nossos autarcas. Em contrapartida, o que faltou aos poderes públicos sobrou na iniciativa privada, em particular na indústria de Confecções onde em 1989,floresciam 23 estabelecimentos têxteis, absorvendo 62% do emprego ou seja 1413 trabalhadores,(dados da ACIBEIRA sobre Industrias da Beira Serra) quê colocaram Oliveira do Hospital no Mundo. Oliveira do Hospital era conhecida da China à América, toda a Europa têxtil vinha a Portugal, um autêntico ex-libris do Concelho que está quase moribundo por culpa de um Poder político e empresarial, preocupados com a imagem em vez da substância, aparecendo e gastando dinheiro e energias em feiras, festas e corridas ciclistas para aparecer, por fogachos, nas TV, desperdiçando-se centenas de milhar de euros e tempo, apenas para se satisfazerem orgasmos múltiplos de Egos incontidos!
Deixamos, por agora, a Indústria de Confecções e foquemo-nos noutro ex-libris actual do Concelho que é o Futebol Clube de Oliveira do Hospital!
-O F.C.O.Hospital nos dias de hoje contribui para a visibilidade do Concelho através do canal 11 com uma média de 6.633 visualizações porjogono(fonte:https://www.youtube.com/results?search_query=vizualiza%C3%A7oes+aos+jogos+de+oliveira+do+hospital+) espalhados por Portugal. Na ultima sexta feira, referenciado em dois canais de TV, com audiência estimada em mais de 500.000 espectadores.
-O F.C.O.Hospital contribui para 183 jovens e adolescentes fugirem do ócio, da internet, da preguiça, incutindo princípios de disciplina, de sacrifício, dedicação, camaradagem, solidariedade e amizade e eliminando ansiedades, depressão e solidão de que a nossa juventude tanto sofre.
-O F.C.O.Hospital está pois ao serviço do Concelho contribuindo para minimizar conflitos socias, engrandecendo e valorizando as gentes deste Concelho, publicitando e promovendo directa e indirectamente o comércio, a indústria e o ensino deste Concelho!
-O F.C.O.Hospital reconhece ter anualmente recebido subsídios, quase sempre mendigados, da Autarquia, como todas as Associações desportivas do Concelho.
E como se tem conseguido esta visibilidade?
Uns poucos estóicos Oliveirenses, em permanente luta titânica, contribuíram para respeitar, lembrar e desenvolver a ideia e o sonho dos fundadores do clube (chefiados pelo Sr. Eduardo Almeida Correia,fotografo,desportista,treinador,animador de festas, encarnando o verdadeiro espirito comunitário) quase sempre sem a devida compreensão e apoio da Sociedade Civil, que olha o clube como 11 rapazes aos pontapés à bola e uns “ amigalhaços do copo”, à frente do Clube, com minguado apoio de umas Autarquias impreparadas para o desenvolvimento a longo prazo do Concelho, sem uma verdadeira e saudável política desportiva, agarrada aos interesses próprios, dividindo para reinar, prometendo sem cumprir, fugindo ao obrigatório, navegando em desculpas.
Repare-se e constate-se:
– O F.C.O. do Hospital tem uma equipe de futebol Sénior, orientada orgulhosamente por um Oliveirense, o prof. Nuno Pedro, que ombreia na Liga 3 do futebol Nacional com clubes como o Belenenses, Setúbal, Sporting, Caldas, Académica, Leiria, Amora, que jogaram já na 1ª Divisão Nacional e representam cidades históricas do património Nacional!
– O F.C.O. do Hospital tem 12 treinadores licenciados para o efeito a orientar, treinar, cuidando de 183 jovens que acamaradam, brincam e se divertem numa sã mistura de culturas e origens, competindo com jovens de todo o nosso distrito, divididos em 9 equipes( Petizes,Traquinas,BenjaminsAeB,InfantisAeB,Iniciados,Juvenis,Juniores
– O F.C.O. do Hospital proporciona a dezenas de famílias o conforto, a satisfação e o orgulho de terem os seus filhos e netos praticando desporto, bem como a centenas de Oliveirenses presentes no… Estádio de Tábua!
– O F.C.O. do Hospital é fruto do entusiasmo, paixão, dedicação e sacrifício de um punhado de dirigentes Oliveirenses e alguns sócios, por vezes mal tratados e manipulados pelo poder político para proveitos eleitorais próprios.
– O F.C.O. do Hospital não tem uma sede, não tem balneários, não tem um campo onde possa jogar futebol a nível Nacional e proceder a uma formação desportiva mais condizente para os munícipes Oliveirenses.
– O F.C.O. do Hospital não pode expandir actividades desportivas como natação, atletismo, futebol, basquetebol, voleibol, andebol, tudo o que uma cidade europeia deve proporcionar aos seus cidadãos para poder cativar mais novas empresas, trabalhadores, estudantes, médicos, engenheiros e outros para desenvolverem o nosso Concelho!
– O F.C.O. do Hospital não tem sido suficientemente levado em conta pela Sociedade Civil, pelas empresas, pelo comércio e, em particular, pelos Partidos Políticos deste Concelho, liderando Autarquias que, quando surgem oportunidades, como aconteceu recentemente, de um grupo de Oliveirenses se manifestarem dispostos a investir cerca de 4 milhões de euros num novo Estádio Municipal ou aquando da possibilidade de o F.C.O. do Hospital poder vir a ser proprietário de uma estação de abastecimento de combustíveis, demonstraram, como se fossem os donos disto tudo, falta de vontade, de espírito construtivo, de verdadeiro sentido comunitário, recusando avançar, negociar ou partilhar estes projectos.
O “funeral” do nosso concelho aproxima-se se não fizermos, todas e todos, a começar por mim e por si, OLIVEIRENSE, por cada empresário, por cada político, uma mea culpa ao nosso individualismo, à nossa vaidade, ao nosso egoísmo.
Gente acomodada não vence. Gente sem ambição não ganha
Abril, 10, 2023
Carlos Brito, sócio nrº 051