O distrito de Coimbra perdeu perto de 22 mil habitantes na última década, contabilizando quase 409 mil habitantes, segundo os resultados definitivos dos Censos 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O distrito de Coimbra regista 408.551 habitantes, menos 21.553 do que em 2011, contabilizando então um total de 430.104 habitantes.
Os dados definitivos dos Censos 2021, muito próximos dos dados provisórios avançados em Julho do ano passado, indicam que todos os concelhos, incluindo a capital do distrito de Coimbra, viram a sua população reduzir nos últimos 10 anos, o que se traduz num decréscimo global de 5% da sua população.
Penacova (-14%), Góis (-10,5%) e Soure (-10,3%) foram os concelhos do distrito que registaram os decréscimos mais acentuados, a nível percentual.
Treze dos 17 municípios do distrito sofreram perdas acima dos 5%, estando ainda neste patamar Arganil (-8,9%), Cantanhede (-6,5%), Figueira da Foz (-5,1%), Miranda do Corvo (-8,4%), Montemor-o-Velho (-6,1%), Oliveira do Hospital (-6,9%), Pampilhosa da Serra (-8,9%), Penela (-9,1%), Tábua (-7,6%) e Vila Nova de Poiares (-6,6%).
Por outro lado, Coimbra (-1,8%), agora com 140.816 residentes, Condeixa-a-Nova (-2%), Mira (-2,8%) e Lousã (-3,4%) foram os concelhos que tiveram uma menor redução da sua população, ficando os quatro abaixo da média do distrito.
Góis mantém-se como o concelho com menor população de todo o distrito, com 3.811 habitantes.
Em termos absolutos, a Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito, foi o que mais residentes perdeu (3.174), seguindo-se Coimbra (2.583) e Cantanhede (2.383).
Também em termos absolutos, as menores perdas foram registadas nos concelhos de Penela (143) e de Condeixa-a-Nova (346).
De acordo com os resultados definitivos do Censos 2021, Portugal perdeu 2,1% da população entre 2011 e 2021, invertendo a tendência de crescimento registada nas últimas décadas.
“Residiam em Portugal, à data do momento censitário, dia 19 de Abril de 2021, 10.343.066 pessoas (4.920.220 homens e 5.422.846 mulheres), o que representa um decréscimo de 2,1% face a 2011”, adiantou o INE.
De acordo com o INE, essa redução constitui uma inversão na tendência de crescimento da população que se verificou nas últimas décadas e representa a “segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População”.
Fonte: Campeão das Províncias