O Município de Oliveira do Hospital aderiu, uma vez mais, à Semana Europeia da Mobilidade que culminou, hoje, no Dia Europeu Sem Carros, com um conjunto de iniciativas junto da comunidade mais jovem.
Assim, o Largo Ribeiro do Amaral foi palco de uma exposição de meios de transporte sustentáveis com carros, motas e bicicletas elétricas, com a colaboração de empresários e concessionários locais. Uma artéria da cidade foi cortada ao trânsito e foi ainda dinamizada uma caminhada com o envolvimento da população estudantil mas aberta ao público. A GNR, através do programa Escola Segura, também marcou presença ao realizar a iniciativa “Pedala em Segurança”, dirigida aos alunos do pré-escolar com sensibilização para a prevenção rodoviária através de uma pista de obstáculos e sinalética.
Com o objetivo de “sensibilizar os mais novos para a adoção de comportamentos responsáveis”, a Câmara Municipal reuniu alunos da Eptoliva, da ESTGOH, do Agrupamento de Escolas, assim como utentes da ARCIAL para “alertar quanto às alterações climáticas” que, “muitas das vezes, resultam dos nossos comportamentos”, como referiu o presidente do Município.
Na ocasião, José Francisco Rolo afirmou que “há um imperativo para mudar os comportamentos”, sendo que “hoje aconselha-se e há um trabalho crescente para que as pessoas se desloquem mais a pé, que haja menos emissões e menos circulação automóvel”.
A própria autarquia tem vindo a investir e a “migrar para a mobilidade elétrica, seja nos carros de serviço, seja nos transportes escolares”. “Neste momento, lançámos um concurso para a aquisição de três autocarros elétricos. Temos previsto, no âmbito do Fundo Ambiental, a aquisição de veículos, também elétricos, para os serviços da Câmara para substituir carros que já estão em final de ciclo”, avançou.
Com esta lógica de pensamento, o Município “quis ir às escolas, envolver e sensibilizar os alunos desde cedo”. “É um caminho a fazer”, assegurou.
Aumento da fatura energética “é asfixiante”
Ainda sobre questões de sustentabilidade, José Francisco Rolo voltou a lamentar o aumento dos custos de energia. O autarca avançou que a “fatura energética em Oliveira do Hospital cresceu 123%”, isto é, “o contrato passou de cerca 892 mil Euros para um milhão e 973 mil Euros”, o que significa que “são um milhão e 110 mil Euros de acréscimo só num ano”. “É asfixiante. Vai condicionar muito o Orçamento Municipal. Estamos a estudar medidas para reduzir a fatura energética”, frisou.
Segundo o autarca, “Oliveira do Hospital está a investir fortemente na energia renovável, com a instalação de um parque fotovoltaico”. “Temos sete milhões e meio aprovados no âmbito do PRR, com postos de carregamento elétrico e hidrogénio para dotar a nossa Zona Industrial de uma fonte alternativa e limpa”, concluiu.