Para que a equipa sénior do Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH) se mantenha a competir na Liga 3, a gestão da mesma deverá passar por uma “empresa estrangeira”.
A informação foi avançada por Mário Brito que, sem adiantar “muitos detalhes”, confirmou que foi “contactado por algumas empresas, sobretudo estrangeiras, para participarem e apoiarem o futebol sénior”.
Na última Assembleia Geral do clube, o presidente do FCOH afirmou que, “a situação não está fácil e, com apoios reduzidos, é difícil manter a equipa num nível destes”. A considerar que “os oliveirenses devem sentir-se orgulhosos pelo FCOH”, Mário Brito confessou que o clube não reúne “condições para continuar na Liga 3 sem apoios”.
“Temos de ter contratos que salvaguardem os interesses do Oliveira”, começou por dizer, explicando que “uma empresa está disponível para ajudar”. Para isso, “terá alguma autonomia para gerir a equipa, trabalhando em conjunto com a direção do clube”. Em causa estão “garantias mínimas para que, não correndo da melhor maneira, o clube não saia prejudicado, com a situação financeira posta em causa”.
De acordo com Mário Brito, avançar com uma SAD- Sociedade Anónima Desportiva “não é um objetivo para já”, mas a questão “pode ser equacionada mais tarde”. O presidente garantiu que, “caso não se consiga concretizar este apoio com a empresa”, da sua parte “há disponibilidade em angariar receitas que permitam que a equipa permaneça na Liga 3”. Porém, o dirigente frisou que “não será fácil”. Perante os sócios, avançou que na época passada, os gastos rondaram os 350 mil Euros”. “Se o parceiro não chegar a acordo, teremos que reunir em nova Assembleia para comunicar que a direção não tem condições para fazer futebol sénior”, frisou. E se na época que terminou, os azuis e brancos tiveram que se deslocar até Lisboa, a temporada que se avizinha vai obrigar o FCOH a jogar em redutos do Algarve e Açores.
Numa altura em que surgem rumores sobre o nome de Paulo Silva para treinador da equipa sénior, o presidente da direção não confirmou, garantindo que se assim for, é uma escolha da empresa que passará a gerir o plantel, assim como equipa técnica.
A decidir os destinos do FCOH nos últimos anos, Mário Brito assegurou que “a decisão ficará tomada até ao final do mês”.
Rui Monteiro, presidente da Mesa da Assembleia Geral, salientou a importância de “apostar num parceiro credível” para que a equipa consiga disputar a Liga 3. Sem “rodeios”, afirmou que “não há capacidade de quem está à frente da direção há anos fazer mais um esforço para garantir às pessoas de Oliveira do Hospital que tenham futebol de qualidade”.
Reveja aqui a reunião da Assembleia do FCOH. Intervenção de Mário Brito a partir do miniuto 57:30.