O período antes da Ordem do Dia da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital ficou marcado pela intensa troca de palavras entre o deputado do PSD, Rafael Costa e o presidente da autarquia, José Carlos Alexandrino. Em causa : “as festas, festinhas e festarolas” que acontecem no concelho.
Com a festa de “réveillon” à porta, o social democrata voltou ao tema das festas para criticar a “obsessão” do município por “festas, festinhas e festarolas”, falando mesmo em “overdose de festas” e da possibilidade de o município se candidatar a um “galardão nacional” sobre o tema. A propósito, o deputado questionou se os oliveirenses não prefeririam que o dinheiro gasto em festas, fosse usado como apoio para contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Avançou, mesmo, com uma proposta de apoio à vacinação infantil não comparticipada
Uma crítica que não caiu bem junto do presidente da Câmara Municipal que a entendeu como uma “ofensa a todos os oliveirenses” que trabalham e organizam festas nas suas localidades. “Foi terrível ao ofender os oliveirenses”, referiu José Carlos Alexandrino que criticou os executivos do PSD, que no passado fizeram uma feira do queijo que “durava duas ou três horas” e “gastava mais em foguetes”. De ânimo exaltado, o autarca acusou ainda o deputado de “tiques de autoritarismo de direita”.
O mal estar entre o deputado e o presidente da Câmara foi igualmente notório a propósito do reparo de Rafael Costa sobre a falta de politicas de atração de quadros qualificados, em particular a fixação de uma empresa de baterias _ a Tesla_ no concelho. José Carlos Alexandrino clarificou que o município não entra na corrida por falta de condições para acolher um projeto daquela dimensão. “O senhor não sabe nada disso. Isto demonstra uma falta de honestidade política”, disse o autarca.
A troca de argumentos entre o deputado e o presidente da Câmara chegou a gerar mal estar entre o deputado do PS, José Ferreira, que sentado a trás de Rafael Costa se terá insurgido contra o deputado do PSD que, na ocasião, esclareceu que cabe ao presidente da Assembleia pôr ordem no decorrer dos trabalhos.