O candidato pela Coligação “Construir o Futuro” à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital considera que tem ao seu lado “as melhores pessoas” para, no próximo dia 26 de setembro, conseguir “uma grande vitória eleitoral”. Francisco Rodrigues apresentou, ontem, a equipa com que concorre à Câmara Municipal e os candidatos às Juntas de Freguesia, num projeto em que o líder nacional do CDS-PP e cabeça de lista à Assembleia Municipal garante que cumprirá o mandato “até ao final”, “honrando o voto de confiança dos oliveirenses”.
O Parque Merendeiro do Senhor das Almas, na freguesia de Nogueira do Cravo, de onde são naturais os dois protagonistas da coligação, foi o local escolhido para a apresentação das equipas e do “projeto de mudança”, em que esteve presente o eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, dirigentes distritais dos partidos, militantes e apoiantes da coligação.
A precisamente dois meses das eleições autárquicas, de 26 de setembro, o sentimento partilhado pelo candidato à Câmara Municipal foi de confiança numa “grande vitória eleitoral” na certeza de retirar das mãos do PS a governação do Município, que “não está a saber tirar partido nem do meu esforço, mas sobretudo das grandes facilidades em termos de financiamentos externos, da conjuntura económica e da cumplicidade do governo que nos governa”. “Nada disso nos tem valido rigorosamente de nada”, frisou. Francisco Rodrigues criticou mesmo a “lamentação e o queixume permanentes” do executivo devido aos incêndios, que “trouxeram uma quantidade enorme de problemas”, mas também “uma enorme quantidade de soluções” por parte da “comunidade que nos envolveu”. “Tivemos uma enorme generosidade de todas as pessoas de Oliveira do Hospital, dos empresários e o apoio do Fundo de Solidariedade da União Europeia, que facultou à Câmara Municipal todos os meios relativos aos prejuízos que a Câmara Municipal apresentou e que foram, realmente, comparticipados a 100 por cento”.
“Eu não fui designado politicamente. Não era um boy”
Há 38 anos na Câmara Municipal, Francisco Rodrigues garante que cumpriu a sua lealdade para com o presidente da Câmara e para com os oliveirenses, não se tratando de lealdade política. “Eu não fui designado politicamente. Não era um boy”, referiu, notando que o seu compromisso era para com o presidente da Câmara, que “nos primeiros quatros anos foi um bom presidente da Câmara”, até que “uma vitória por 6-1 o deixou com um ego do tamanho do mundo”. Considerou que a partir daí José Carlos Alexandrino “não passou a ser o maior”, passou a ser “muito mais pequeno”. “Perdeu a humildade, capacidade de ouvir os outros e de formar decisões baseadas em boa informação e boas opiniões, porque passou a formar decisões apenas de acordo com o interesse pessoal dele e interesse partidário e político”. Para o candidato, “temos navegação à vista, isenta de quaisquer valores, inspirada nos maiores interesses e na visão mais deturpada e perturbada do que deve ser a defesa do interesse público”. “Hoje existe alguém que é dono disto. É o D. Corleoni da Beira Serra”, chegou comparar.
A caminho das eleições de 26 de setembro, Francisco Rodrigues considerou ontem que a primeira “grande vitória” é o facto de todos os candidatos “estarem unidos”, “sem nenhum tipo de condicionamento” e todos “de livre vontade”, porque acreditam que “esta é a melhor forma de fazermos deste concelho, um concelho mais desenvolvido e do qual possamos ter orgulho agora e daqui a 20 ou 30 anos”. Partilhou, por isso, que o que pretende fazer nos próximos quatros anos não é para amanhã, para daqui a uma semana, ou um ano. É para que, o reflexo do que se fizer agora tenha efeitos daqui a 10, 15 anos”. Para isso, entende que “é preciso saber construir pontes para um futuro mais longínquo, temos que ter vistas mais longas”. Atendendo a este desafio, o candidato pela coligação mostrou-se “muito orgulhoso, nas equipas já formadas, com pessoas que têm dentro de si o melhor que se pode ter, para se estar à frente das freguesias.
“Estou plenamente convicto que quer eu, quer todas as pessoas à nossa volta, são de facto as melhoras pessoas e estão imbuídas do mesmo espírito de fazer desta uma candidatura vencedora. Nós vamos de facto conseguir ser vencedores nesta candidatura. Não há outra hipótese, nós vamos conseguir”, defendeu.
No projeto que lidera, Francisco Rodrigues apresenta “uma proposta de mudança assente num diagnóstico feito há muitos anos”. “Nós vemos tantas coisas que deveriam estar a acontecer. “Está a acontecer a intervenção na zona Histórica de Oliveira do Hospital. Porquê só em 2021, quando tudo isto poderia estar a ser feito em 2011 e 2012? Andamos sempre a reboque da história e das oportunidades. Não podemos funcionar desta maneira”, considerou.
Não poupou, por isso, críticas ao candidato do PS, José Francisco Rolo, que pretende dar continuidade ao executivo de José Carlos Alexandrino, que “o que fez foi passar a vida a andar atrás do presidente da Câmara, como se fosse uma espécie de acompanhante menor, não tendo o cuidado de aprender o que é que está por trás, qual é o nível de exigência técnica, intelectual e sobretudo dos valores necessários para se ser presidente da Câmara”. “Portanto, esta não é uma candidatura de continuidade, não é uma candidatura de mudança, porque quando a mudança não traz novas ideias, novos projetos, a mudança não traz coisa nenhuma”, frisou Francisco Rodrigues.
“Honrarei o voto de confiança dos oliveirenses”
Ao seu lado no projeto de coligação, Francisco Rodrigues dos Santos reiterou ontem ser candidato à Assembleia Municipal por “amor à sua terra e à sua família” e assegurou que, seja qual for o lugar para que seja eleito, ficará durante os quatro anos. “Cumprirei o meu mandato até ao final. Honrarei o voto de confiança dos oliveirenses”, assegurou o líder nacional do CDS-PP que, ontem, defendeu que “está na hora de pôr Oliveira do Hospital no mapa”, passando por reafirmar uma aliança intergeracional entre os mais novos e os mais velhos”. Propôs ao candidato à Câmara para que avance com o “Vale Farmácia”, para pagar a todos os idosos com baixos rendimentos as despesas na farmácia”.
A representar o PSD Nacional, Paulo Rangel, eurodeputado, veio a Oliveira do Hospital apreciar a qualidade de “fazedor com visão” que reconhece ao candidato à Câmara Municipal. No que respeita à gestão socialista, destacou a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) que “é um membro esquecido do IPC” pelos responsáveis de Oliveira do Hospital. “Ainda hoje está alojada no quartel dos bombeiros”, vincou.
Os candidatos às Juntas de Freguesia pela Coligação são: Luís Gouveia Santos (Junta de Freguesia de Aldeia das Dez), Cátia Alves (JF Alvôco de Várzeas), José Carlos Ferreira (JF Avô), Fernando Dias Duarte (JF Bobadela), Maria João Santos (UF de Ervedal e Vila Franca da Beira), José Lopes (JF Lagares da Beira), Abel Oliveira (JF Lourosa), Isabel Viegas (JF Meruge), José António Vicente (JF Nogueira do Cravo), Albino José (UF Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços), António Mendes (UF Penalva de Alva e S. S. Sebastião da Feira), Rafael Dias (S. Gião), Inácio Campos (Seixo da Beira), Bruno Amado (União de Freguesias de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira) e Ana Teresa Falcão de Brito (JF Travanca de Lagos).
Na candidatura à Câmara Municipal, Francisco Rodrigues conta com Sandra Fidalgo (2º), Rui Fernandes (3º), João Duarte (4º), Sofia Duarte (5º) e Rui Lopes (6º).
Rodrigo Marques foi apresentado como mandatário da Juventude. João Esteves é o mandatário da candidatura “Construir o Futuro”.
Veja aqui o vídeo da apresentação dos candidatos na íntegra>>>