O CECOLAB (Laboratório Colaborativo para a Economia Circular), instalado na BLC3, no concelho de Oliveira do Hospital, está a organizar em conjunto com a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia uma conferência internacional no âmbito da Economia Circular, que se irá realizar, em Oliveira do Hospital, nos dias 20 e 21 de abril de 2021, num formato misto: presencial e formato Webinar.
Por ocasião da Presidência Portuguesa da Comissão Europeia, de janeiro de 2021 a junho de 2021, o CECOLAB foi convidado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a organizar uma Conferência Internacional em Economia Circular.
A conferência apresentará um programa de sessões enquadradas com uma das prioridades principais da Presidência Portuguesa (“Promover uma recuperação Europeia alavancada pelas transições climática e digital”) e contribuir para o sucesso da Presidência de Portugal nessa prioridade.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, a organização adianta que “das cinco linhas de ação definidas para a Presidência Portuguesa, o encontro, com foco em Economia Circular, irá apresentar um conjunto de sessões e participações internacionais com impacto em quatro das cinco linhas de ação. Europa Resiliente: Promovendo a recuperação, coesão e valores da Europa; Europa Verde: Promover a UE como líder em ação climática; Europa Social: Promoção e reforço do modelo social europeu; Europa Global: Promover a abertura da Europa ao mundo”
As sessões, que irão decorrer durante dois dias, irão estar organizadas com enfoque em seis linhas principais: (1) Europa Verde e Global; (2) Conhecimento e Ciência: o pilar e a base para o desenvolvimento da Economia Circular; (3) Fundos Verdes e Instrumentos Financeiros; (4) Simbioses Regionais e partilha de conhecimento internacional; (5) Geração Jovem; (6) Contribuição da Economia Circular para uma Recuperação Económica Sustentável pós-Covid 19 e mercados emergentes.
mais de 25 especialistas/entidades internacionais, de elevado reconhecimento.
Este encontro internacional irá juntar mais de 25 especialistas/entidades internacionais, de elevado reconhecimento, desde as Nações Unidas, até às mais importantes Universidades, Centros Tecnológicos, Editores de Revistas Científicas e Políticos a nível internacional e com atividade na área da Economia Circular, com origem principal, além da Europa, em África e América Latina. Os jovens e as mulheres irão ter um destaque principal neste evento, com a participação de três jovens empreendedoras internacionais.
Para João Nunes, presidente do CECOLAB, “este evento representa dois pontos importantes. Primeiro, o interior de Portugal pode e deve contribuir ativamente para o desenvolvimento de encontros de elevada importância para Portugal, para a Europa e para o Mundo. Este é o primeiro grande evento internacional de Economia Circular realizado em Portugal e será um dos mais importantes a nível internacional. Estamos a trabalhar para que se inicie um novo processo de cooperação, após o evento, entre a Europa, África e América Latina, tendo como pilar comum a ciência e conhecimento. Neste evento, os Jovens irão ter um destaque principal, não só pela sua capacidade como pela responsabilidade futura ao nível do preservação e uso eficiente dos recursos do planeta: contudo, também devem ser ouvidos e fazerem parte das políticas e processos de decisão”.
Apesar de todas as adversidades e problemas que a pandemia Covid-19 trouxe, João Nunes entende que “também veio ensinar e demonstrar que o local onde estamos cada vez é menos importante e menos limitante para o desenvolvimento de atividades, iniciativas e fixação de massa crítica e projetos de ciência e tecnologia. As pessoas foram e continuarão a ser o elo mais importante e não a localização geográfica”
Como segundo ponto importante, João Nunes destaca “os modelos baseados na cooperação entre entidades governativas, como os ministérios, e instituições como o CECOLAB (que já representa o envolvimento da academia e empresas) são exemplos de boas práticas, que podem e poderão acontecer mais vezes”. “Permite aumentar a proximidade entre os problemas de um setor ou de um território com as entidades de decisão e gestão do país: é na cooperação que está o ganho e não no isolamento de cada entidade”, conclui o responsável.