Preocupados com o setor da restauração, a Juventude Popular (JP) de Oliveira do Hospital propõe um protocolo municipal para o serviço de entrega de refeições ao domicílio.
Em nota enviada à Rádio Boa Nova, o partido começa por referir que “a situação pandémica que enfrentamos tem vindo afetar negativamente vários setores da economia, de entre os quais se destaca o sector da restauração”. A JP, “enquanto defensora de atividades económicas de cariz local, como o comércio e a restauração, considera que este último carece de apoios e incentivos ao seu funcionamento”.
“Não obstante as perdas paulatinas sofridas por o sector desde o início da pandemia, a situação de confinamento restrita que atravessamos está a sufocá-lo ainda mais. No panorama nacional, mais de 200 estabelecimentos já foram forçados a encerrar e as perdas ascendem a milhares de euros”, refere.
A Juventude Popular local “considera que falta dar suporte a estes empresários, que mais do que prestarem um serviço à comunidade, são muitas das vezes um fator de identidade da nossa região”. “Orgulhamo-nos da excelência da gastronomia beirã e atribuímos a este sector um peso determinante aquando do retorno da atividade social à sua normalidade. Estes estabelecimentos, além de centros nevrálgicos do convívio das nossas gentes, são também um cartão de visita para os nossos turistas. Importa por isso auxiliá-los a atravessar esta fase conturbada, por forma a contarmos com a sua familiaridade no futuro”, lê-se no comunicado.
“Como conhecedores da geografia e atividade social da nossa região, estamos cientes de que as vendas de take-away são pouco expressivas, ficando aquém das verificada em cidades de maior dimensão. Ademais, são também inexistentes as plataformas de entrega de refeições ao domicílio. Como é apanágio da Juventude Popular, mais que criticar o que está errado, preocupamo-nos em propor soluções. Olhamos os problemas com franca sinceridade e sentido de missão, procurando o melhor para o nosso município e os seus habitantes”, afirmam.
Desta forma, a JP propõe ao presidente do Município que, “à semelhança do que tem vindo a ser feito em outras autarquias do país, estabeleça uma parceria com os taxistas e empresários da restauração concelhios, por forma a existir entrega de refeições ao domicílio”. “Assim, a autarquia ao comparticipar esta distribuição de refeições, não só garantia conforto e segurança à sua população, como ainda apoiava a atividade dos restaurantes e taxistas, que se encontram entre as que sofreram maior impacto”.
“Num município cuja população é dispersa e se encontra privada de um sistema de transportes público, esta proposta ganha uma preponderância acrescida. Fazer política para as pessoas, passa também por propor-lhes soluções e garantir, que os seus condicionalismos de mobilidade, não são limitadores do acesso às oportunidades que os empresários do sector da restauração se esforçam por apresentar”, concluem.