No final do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro anunciou ao início da noite as novas medidas para controlar a pandemia de Covid-19. Portugal regressa, no início deste 2021, ao recolhimento domiciliário, mas escolas mantêm-se abertas.
Em conferência de imprensa, António Costa começou por revelar que este é o “momento mais perigoso”, mas é também o momento de “esperança que será possível vencer a pandemia”.
“Quando tivemos mais 156 falecimentos [hoje], ontem mais 155, num total de 535 pessoas que morreram desde domingo, percebemos que estamos no momento mais perigoso”, vincou.
O que “torna este momento mais difícil”, acrescentou o chefe de Governo, “é que a mesma a esperança que a vacina nos dá é a mesma que alimenta o relaxamento e torna mais perigosa a pandemia. Temos de parar isto”.
Temos, por isso, de “regressar ao dever de recolhimento domiciliário tal como tivemos em março e abril quando travámos com sucesso a primeira vaga. A regra é ficar em casa”.
António Costa lembrou que as exceções existem “porque não deixaremos de ir às compras e de trabalhar quando tivermos de ir trabalhar”, mas a regra é o recolhimento domiciliário.
O Governo determinou, para travar a progressão da Covid-19, que serão replicadas as “regras de março e abril”, com duas exceções, nomeadamente no que diz respeito às eleições presidenciais e à manutenção das escolas em funcionamento.
Uma das exceções às regras adotadas na primeira vaga prende-se com o “calendário democrático das eleições do próximo dia 24 de janeiro”, data em que os portugueses são chamados às urnas para eleger o próximo Presidente da República.
O Executivo priorizou ainda a “necessidade de não voltarmos a sacrificar a atual geração de estudantes, mantendo em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos como têm estado até agora”.
A decisão de manter as escolas em funcionamento foi tomada depois de ouvir representantes de famílias, escolas e de “avaliar as consequências irrecuperáveis do processo educativo. Não podemos voltar a repetir a mesma regra”.
Em matéria de teletrabalho, esta modalidade é “mesmo obrigatória sempre que possível” e, para assegurar o cumprimento desta medida, a sua violação será considerada “muito grave”.
A violação das normas relativas às medidas de contenção da pandemia, como o uso de máscara na rua, acarretará coimas que são suplicadas para que haja uma mensagem “clara que é fundamental fazermos um esforço acrescido”.
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com:noticiasaominuto.com