Os residentes em lares, de qualquer idade, os funcionários destas instituições, os profissionais de saúde, das forças de segurança e os idosos com comorbilidades severas são os grupos prioritários propostos pela Direção-Geral da Saúde para a vacina contra a covid-19.
Segundo explicou à agência Lusa o coordenador da ‘task force’ criada pelo Governo para definir todo o plano de vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, a proposta apresentada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) “não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares”.
Francisco Ramos disse também que os últimos detalhes ainda estão a ser trabalhados e que, provavelmente, na próxima semana a definição dos grupos prioritários ficará fechada.
Francisco Ramos explicou ainda que, segundo a proposta apresentada pela DGS, “quem não apresentar comorbilidades severas não estará nestes grupos de primeira prioridade”.
O grupo de trabalho criado pelo Governo tem ainda de definir outras questões, designadamente os locais de vacinação e toda a logística de armazenamento e distribuição da vacina.
A ‘task-force’ criada pelo Governo para coordenar todo o plano de vacinação contra a covid-19, desde a estratégia de vacinação à operação logística de armazenamento, distribuição e administração das vacinas, tem um mês para definir todo o processo.
Costa rejeita colocar idosos fora do acesso prioritário às vacinas
O primeiro-ministro rejeitou hoje a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem doenças graves não terem acesso prioritário às vacinas contra a covid-19, alegando que “há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos”.
“Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade”, declarou António Costa à agência Lusa, depois de questionado sobre a possibilidade, noticiada hoje por alguns órgãos de comunicação social, de todos os maiores de 75 anos sem comorbilidades ficarem de fora do acesso prioritário à vacina contra o novo coronavírus.
António Costa acrescenta que “há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos”.