O novo presidente do CDSP-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, advogado, é natural de Coimbra e tem ligações familiares ao concelho…
…de Oliveira do Hospital, mais concretamente a Nogueira do Cravo.
O jovem de 31 anos é neto de Francisco Martins, destacado nogueirense, que no dia 7 de outubro de 2017 foi distinguido com a Medalha de Mérito Municipal. Coube ao neto, à data líder da Juventude Popular e agora líder dos centristas, fazer o elogio público ao seu avô. Foi evidente a forte relação que existe entre avô e neto.
A moção de estratégia global de Francisco Rodrigues dos Santos ao 28.º Congresso, que terminou ontem em Aveiro, obteve a maioria dos votos dos delegados. O jovem advogado foi eleito presidente da Comissão Política Nacional. Francisco Rodrigues dos Santos tem 31 anos.
Quanto ao seu percurso político, Francisco Rodrigues dos Santos filiou-se na JP em 2007 e no partido em 2011, era Paulo Portas presidente dos centristas. E no partido e na “jota” que começa a ser conhecido por “Chicão” e pelas suas posições conservadoras, contra a designação de casamento às uniões de pessoas do mesmo sexo, e contra a despenalização do aborto, um “dossier” que não quis “desenterrar” na campanha interna para a liderança.
Com o PSD e CDS no Governo, em coligação, trabalhou no gabinete de Mota Soares, ministro da Solidariedade e Emprego, e fez um percurso como autarca, primeiro na junta de freguesia de Carnide, em Lisboa, e depois como deputado municipal pelo CDS, para que foi eleito em 2017.
Admirador da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e do antigo presidente norte-americano Ronald Reagan, dois políticos conservadores, no dia em que admitiu candidatar-se, em 17 de outubro de 2019, citou uma frase de outro chefe de Governo do Reino Unido, também ele conservador, Winston Churchill: “O fracasso não é eterno, o sucesso não é definitivo, o que conta é coragem para continuar.”
Na história do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos não é o mais jovem a chegar à liderança.
Esse recorde é 29 anos e foi protagonizado pelo ex-presidente Manuel Monteiro, que, numa entrevista ao Público, admitiu que simpatiza com as suas ideias e o apoiaria, se pudesse e já fosse de novo militante.
Aos delegados do 28.º congresso, depois de ter sido criticado por muitos, até pela sua juventude – “não se preocupem que com o tempo passa”, ironizou – apresentou-se como alguém em que se pode confiar: “Não adianta diabolizar-me. O partido conhece-me, estive diariamente disponível. Eu amo o meu partido. Eu sou um filho do meu partido.”
“Esta é a nova direita para Portugal. Peço aos avós e aos pais que acreditem em mim como acreditam nos seus netos e filhos. Aos jovens, aos da geração acima e abaixo, acreditem no CDS em Portugal, porque Portugal precisa de nós”, pediu também.