De 8 a 15 de outubro, o CineEco traz para a discussão e reflexão temas pertinentes da atualidade ambiental e social, num total de 70 filmes em competição, mais 4 extracompetição, e um conjunto de atividades paralelas.
A 28ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, arranca em Seia a 8 de outubro, com o cine concerto “BOUCING WITH THE KID”, apresentado por um coletivo de músicos da região centro – Cinematic Pocket Orchestra.
Pelo meio, a festa do cinema ambiental e social, faz-se com 70 filmes em competição, mais 4 extracompetição, com entradas 100% gratuitas. O festival encerra com a sessão extracompetição Fogo Fátuo, de João Pedro Rodrigues, com estreia marcada para estes dias nas salas de cinema portuguesas.
Nesta fantasia musical, o jovem príncipe Alfredo (Mauro Costa) rompe com as tradições monárquicas e torna-se bombeiro para ajudar no combate aos incêndios. É no quartel que conhece Afonso (André Cabral) por quem se apaixona.
Ao chegar à 28º edição, o CineEco traz-nos à programação o denominado “cinema de emergência e de impacto”, o melhor da produção nacional e internacional, com enfoque nos grandes fenómenos climáticos que assolam o mundo. “Cinema de impacto” porque cria no espetador estímulos para a mudança de hábitos face às preocupações do mundo moderno, na medida em que todos devem fazer parte da solução.
Convictos de que os filmes podem estar na vanguarda da mudança de atitudes, a direção do festival propõe-se continuar a comunicar mensagens que podem levar as pessoas a adotar práticas sustentáveis no seu dia-a-dia.
A Fábrica das Pandemias, da francesa Marie-Monique Robin, é um dos destaques, num documentário onde podemos seguir a a comediante francesa Juliette Binoche através de quatro continentes, para se encontrar com “ecologistas de doenças”, que estudam as relações entre as modificações causadas ao ambiente e o aparecimento de doenças infeciosas. Ao longo do documentário vamos percebendo que esta “epidemia de pandemias” é provocada pela aceleração do colapso da biodiversidade devido à atividade humana.
A Última Floresta de Luiz Bolognesi e A Serra do Roncador ao Poente, de Armando Lacerda, são dois documentários brasileiros que mergulham em universos de comunidades indígenas da Amazónia e nos trazem à reflexão problemáticas marcantes deste período de crise política, social e ambiental que se vive no Brasil.
Nesta competição de 11 Longas Internacionais, apadrinhadas por personalidades locais, destaca-se ainda EO, do veterano polaco Jerzy Skolimowski, um filme para se ver o mundo pelos olhos de um burro, numa fábula cinematográfica, que vagueia entre o real e a ficção, feito sobretudo para defender os direitos dos animais, contra o politicamente correto.
São jurados desta competição os realizadores portugueses Ana Rocha e José Barahona e o docente de cinema da UBI, André Rui Graça.
A programação das competições conta ainda com 26 curtas internacionais e 11 Séries e Reportagens de TV, incluindo da ZDF e RTP, cujo júri é composto por Fernando Vasquez, do Fest de Espinho, Nuno Barros, da Lipor e Ana Melo, docente e investigadora da Universidade do Minho.
Na competição de Língua portuguesa há espaço para 4 longas, Águas de Pastaza, de Inês Alves; Se o mar deixar” de Pedro Aguilar, A mãe de todas as lutas, da realizadora brasileira Susanna Lira e a ficção Madalena, de Madiano Marcheti.
O Júri das competições de língua portuguesa constituído pelo realizador Bruno Lourenço, pela Diretora – Adjunta do TAGV, Luisa Lopes e por Adriana Neymer, Diretora do Festin – Festival de Lingua Portuguesa, tem ainda 13 curtas de língua portuguesa para ver e votar e 5 curtas do Panorama Regional.
Ao todo são 70 filmes em competição, mais 4 extra-competição. Destes, dois são do Panorama Infantil, o Fogo Fátuo e HERMINIO, a cada passo as suas gentes, em cada gesto uma paisagem,. Um filme de dança feito no âmbito da Cultura em Rede da CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, com bailarinos profissionais e amadores dos concelhos de Seia, Gouveia, Fornos, Celorico e Manteigas, com coreografias nas paisagens da serra da Estrela.
Realizadores de vários países também marcam presença no festival, para dialogarem com o público e se deslocarem a escolas. O festival conta ainda com a colaboração dos padrinhos, do júri da juventude, de professores, críticos de cinema e várias outras personalidades convidadas.
Para além das competições, o programa inclui um conjunto de atividades paralelas, onde se destaca um cine-concerto, exposições, apresentação de livros, performance de ecoteatro, e as Eco-Talks. Estas últimas, são conversas diárias de 50 minutos, em sistema híbrido, presenciais e com transmissão em direto online, para debater temas da atualidade do Cinema e do Ambiente, com oradores e moderadores convidados para o efeito.
Organizado pelo município de Seia ininterruptamente desde 1995, o CineEco tem o Alto Patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas. Conta com apoios financeiros da DGArtes, da LIPOR, patrocinador principal, da Águas do Vale do Tejo, e tem como patrocinadores de Prémios – Casa da Passarella, Zurich Seguros, Turistrela, Rotary Clube de Seia e Mares Navegados. É membro fundador e faz parte da direção da Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais de cinema ambiental, com sede em Innsbruck, na Áustria.