O concurso para novos médicos de família dispôs de 900 vagas, mas teve apenas 143 candidatos admitidos: os médicos recém-especialistas em medicina geral e familiar vão agora integrar o Serviço Nacional de Saúde, sendo que ainda podem existir desistências até à assinatura dos contratos.
O Governo já esperava dificuldades na ocupação das vagas disponíveis no concurso dirigido aos médicos que terminaram a especialidade na segunda época do ano, relata o Executive Digest. No concurso anterior, em maio, foram abertas cerca de 900 vagas, tendo havido 360 candidatos (40%).
Em dezembro último, no Parlamento, Manuel Pizarro referiu que “na segunda época acabaram a especialidade de medicina geral e familiar 75 médicos”. “Abrimos 900 vagas. Não vamos ocupar todas. Ficaria contente se captássemos 80% dos 75 médicos”, reconheceu o ministro da Saúde, considerando essa estimativa “bastante razoável”.
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram 73 os médicos de família que terminaram a especialidade na segunda época, dos quais 67 candidataram-se ao concurso para contratação de novos especialistas (92%). Recorde-se que em dezembro último, Portugal tinha 1,7 milhões de utentes sem médico de família atribuído.