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Vice-Versa: CDS-PP, CDU e PSD duvidam do sucesso das AIGP e Condomínios de Aldeia

No programa Vice-Versa que, ontem, foi para o ar na Rádio Boa Nova, os representantes do CDS-PP, CDU e PSD colocaram em causa o sucesso das Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP) e dos Condomínios de Aldeia anunciados para o concelho de Oliveira do Hospital. O representante do PS esteve ausente do debate político.

Sem deixar de considerar que “felizmente, a Câmara Municipal acordou para este tópico”, para o qual a freguesia de S. Gião já tinha despertado, Rafael Dias (CDS-PP), autarca daquela freguesia, verificou que, no vizinho concelho de Seia, “na zona do parque Natural da Serra da Estrela todas as freguesias estão cobertas por estes projetos”. “São mais do que o dobro daquelas que estamos a falar no concelho de Oliveira do Hospital”, observou, defendendo que todas as freguesias do concelho devem ser abrangidas. Para além disso, o jovem centrista levantou a questão da manutenção e o problema com a propriedade.
Sobre as AIGP, Rafael constatou a baixa abrangência destes projetos no concelho, na ordem dos “cinco por cento”. “Ocupam uma área muito diminuta”, frisou, notando que as AIGP “pouco mais serão do que a substituição das ZIF que “foram um falhanço redondo”. Aponta também o reduzido envolvimento dos proprietários no processo, situação que leva a “duvidar que a taxa de execução destes 12 milhões de Euros chegue mesmo a metade”.

“Mais vale tarde do que nunca. Que seja publicamente assumido pela Câmara Municipal que isto é o início e que se vai melhorar com a experiência”, considerou, por sua vez, João Dinis a propósito das AIGP. O representante da CDU identificou, contudo, um “pecado”: “não se registou o envolvimento dos proprietários e das populações para se saber o que vão fazer”. Por outro lado, apontou o dedo à entidade gestora que “é uma grave conducente ao seu insucesso”. A estender o mesmo “pecado” aos Condomínios de Aldeia, João Dinis receia que o sucesso das intervenções possa ser “efémero”. “Isto exige programação e continuidade”, referiu.

Também a registar a reduzida abrangência no concelho que se fica pelos “4,4 hectares”, Mário Alves criticou a forma como as AIGP foram planeadas. “Todas as entidades participaram no processo, mas tudo isto é feito quase à revelia dos proprietários”, notou. Por outro lado, o representante do PSD no debate, também criticou que as AIGPs sejam entregues “à mesma entidade gestora, a mesma que no passado deu provas de não ser capaz de resolver os problemas”. Já no que respeita aos Condomínios de Aldeia, Alves questionou sobre qual vai ser o “planeamento” da Câmara Municipal para, “no máximo daqui a três anos fazer o mesmo tipo de ação”.

O episódio está disponível na íntegra em formato PODCAST. Ouça aqui»»»

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