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Vereadores do PS e PSD “mediram forças” em reunião da Câmara de Oliveira do Hospital

João Ramalhete (PS) e João Brito (PSD) envolveram-se numa troca de acusações, com o primeiro criticar a oposição por “falta de visão estratégica para o concelho” e,…

… o segundo a notar que se preocupa mais com o concelho do que o socialista, que “vive e trabalha em Coimbra” e “vem às reuniões de Câmara dizer umas coisitas que não enriquecem nada o concelho”.

O episódio que pode ser entendido como um “medir de forças” teve início com o vereador João Ramalhete a criticar o papel da oposição, que no concelho “não tem contribuído para o debate, não apresenta projetos, não tem uma visão estratégia para o município”. Sem referir o nome do vereador João Brito, Ramalhete acusou a oposição de “se demitir da sua responsabilidade de oposição crítica e construtiva”, notando que a crítica se resume às “festas e falta de rigor financeiro” e que são desmontáveis atendendo ao orçamento de 2017 que “é o maior de sempre”, com especial destaque para áreas como “educação, turismo, ação social e grandes obras”. Do mesmo moda, nota que o próprio Anuário Financeiro coloca o município de Oliveira do Hospital em terceiro lugar no distrito em matéria de rigor financeiro.

Diante da crítica, o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino (PS) fez questão de esclarecer que João Brito tem tido uma “posição positiva no executivo, não sendo uma força de bloqueio, nem de demagogia”. Notou, porém que o PSD “caiu no erro” de criticar as festas. Já sobre gestão financeira congratula-se por o município poder pedir meças a “quem quiser”, verificando o bom resultado no âmbito do Anuário Financeiro de que é responsável o Tribunal de Contas, entre outras entidades.

Em resposta a Ramalhete, João Brito não se mostrou brando, verificando que se preocupa mais com o concelho do que o socialista que vive e trabalha em Coimbra e vem aqui às reuniões de Câmara”. “Tenho feito o meu trabalho como deve ser feito. O senhor vem dizer umas coisitas que não enriquecem nada o concelho”, disse ainda o social-democrata, assegurando que todas as suas intervenções são “em defesa de Oliveira do Hospital”.


Em reação, João Ramalhete esclareceu não ter referido o nome do vereador, reportando-se de um modo geral à oposição. Identificados os atores, Ramalhete constatou que de facto João Brito “tem sido correto” nas reuniões de Câmara. Porém nas suas intervenções públicas verifica-se o “enlamear, o enxamear, o levantar suspeitas que não são concretizadas em entidades  independentes que nos auditam”, referiu.

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