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Vereador do PSD comparado ao BES: “Há o João Brito Bom e há o João Brito Mau” (com vídeo)

O vereador do PSD na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital foi hoje acusado de “bipolaridade política”.

João Brito decidiu votar contra um conjunto de subsídios, apresentando porém um histórico de votações a favor na ordem dos 95 por cento, no mandato que está prestes a terminar.

O vereador do PSD começou por justificar a sua votação desfavorável à atribuição de subsídios por considerar que aquelas propostas careciam de aprovação na Assembleia Municipal, referindo depois que “a três semanas das eleições autárquicas” o executivo não deveria estar a aprovar subsídios.

Argumentos que não caíram bem junto da maioria socialista, com o presidente da Câmara Municipal a lamentar que, em final de mandato, o vereador do PSD não saiba o que deve ou não subir à Assembleia Municipal. “O senhor, há tanto tempo aqui, já deveria ter aprendido alguma coisa”, afirmou José Carlos Alexandrino, que até apreciou a atitude “positiva” manifestada pelo único eleito pelo PSD em relação ao executivo, votando “95 por cento das propostas favoravelmente”. Tomando por base um estudo realizado, o presidente referiu que, ao longo do mandato, João Brito apenas votou contra “um por cento” das propostas e “absteve-se em quatro por cento”. Também esclareceu o vereador de que os subsídios hoje aprovados não tinam “qualquer objetivo eleitoralista”, sendo que algumas propostas até foram “repiscadas” por as mesmas não terem tido andamento por falta de documentação necessária.

No seio do executivo, não tardaram as críticas à posição de João Brito, que foi comparado pelo vereador do PS João Ramalhete ao BES, para verificar que “há o João Brito Bom” que ao longo do mandato teve uma ação “irrepreensível” no seio do executivo, e o “João Brito Mau” que vai para os comícios “desdizer o que disse em 95 por cento das vezes em que esteve ao nosso lado”.

Também o vice-presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo, aconselhou o eleito pelo PSD a “definir a personalidade política. “Ou somos a favor ou somos contra”, referiu, criticando João Brito por andar “três anos e meio a votar favoravelmente e “guardar a última reunião para dar um tiro de pólvora seca”.

Em reação, João Brito justificou os votos favoráveis de 95 por cento por entender que as matérias colocadas à votação (atas, subsídios, obras a concurso) não deveriam ser votadas contra. Criticou os eleitos pelo PS que “acham que a oposição só serve para votar contra”. “Devo trazer a voz do povo para aqui que é a casa da democracia”, disse João Brito.

A concordar com João Brito por também achar que “a oposição não é para votar contra”, o presidente da Câmara Municipal referiu que “o lapso” de João Brito enquanto vereador assentou no “número reduzido de propostas que fez”.

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