João Brito, vereador do PSD, alertou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital para a utilização de um transporte escolar em alegada situação irregular, por ter ultrapassado o período de vida – 16 anos- que a lei determina.
O eleito pelo PSD levou à reunião pública do executivo municipal a preocupação dos pais – solicitaram o anonimato – de uma criança que é transportada num autocarro “Iveco, de matrícula 54-45-QH, que fez 16 anos em setembro”. “Estas não são minhas palavras”, esclareceu João Brito, notando estar apenas a reportar uma informação que lhe foi comunicada.
O presidente da Câmara Municipal disse, porém, que a situação “não é verdade”, já que como é do seu conhecimento, os 16 anos só ficam completos no próximo mês de maio, estando já o município a tratar da aquisição de um autocarro de 30 lugares, destinado à substituição do “velho autocarro” e à reorganização da rede de transportes. José Carlos Alexandrino admitiu porém voltar a verificar aquela situação e agradeceu mesmo o alerta que ali foi dado por João Brito, porque “estes pequenos alertas são positivos”.
Ainda a propósito, o autarca oliveirense garantiu estar “atento” a este tipo de situações. “Não há ninguém que defenda mais as crianças do que eu”, referiu, notando que em caso de acidente e, até morte de uma criança, num autocarro que tenha ultrapassado os 16 anos “o responsável é sempre o presidente da Câmara”. “E eu não me ponho a jeito nessas coisas”, assegurou o autarca. Pelo contrário, não deixou de criticar “outros que tiveram autocarros que não podiam transportar crianças e tiveram-nos anos e anos irregularmente”.
Alexandrino expressou ainda o seu descontentamento, por o limite de 16 anos para o transporte escolar se aplicar apenas aos autocarros das autarquias, não afetando as restantes carreiras públicas.