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“Vamos entrar numa terceira vaga de calor”

© António Cotrim/Lusa

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, destacou, esta quarta-feira, que Portugal vai “entrar numa terceira vaga de calor”, a partir de dia 20 de agosto, que se vai prologar no mês de setembro.

“Vamos entrar numa terceira vaga de calor, a partir de dia 20, que se vai prolongar por setembro. Portanto, em setembro, vamos ter tempo em regra mais quente do que os setembros anteriores, entre 50 a 60%, e mais seco, entre 40 a 50%”, revelou José Luís Carneiro, depois de participar numa reunião do IPMA, com a Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

“Acho que isto diz tudo do risco acrescido que vamos ter ainda de enfrentar. Quando há dias disse que não podíamos baixar a guarda, era precisamente a este quadro que me estava a referir, por força da informação que vamos recebendo do IPMA”, acrescentou.

Desta forma, o ministro destacou que o “esforço da comunidade nacional”, em cooperação, é “absolutamente indispensável” e revelou que o Governo irá voltar a reunir-se com a Proteção Civil para “olhar” para o dispositivo de combate aos incêndios.

“Naturalmente que o dispositivo, após semanas consecutivas a repor recursos humanos, recursos materiais, recurso técnicos, naturalmente que vamos ter de reunir de novo, todas as forças e serviços no quadro da Proteção Civil”, adiantou, notando, no entanto, que este dispositivo está “preparado”, nomeadamente com o conhecido adquirido ao longo dos últimos anos.

No entanto, é preciso ter em atenção as previsões esperadas. “Vamos ter uma terceira onda de calor e essa onda de calor é acrescida com os fatores que falei há pouco”, reforçou.

“Exige de todos nós um esforço acrescido e adicional. Portanto, o apelo à comunidade nacional para que se una como um todo para que consigamos vencer os desafios que temos pela frente”, apelou.

Questionado sobre se esta terceira vaga será mais grave do que as anteriores, José Luís Carneiro negou, mas lembrou que em causa estão previsões, algumas para daqui a algumas semas.

“Não, não se pode dizer isso. Pela informação que nos foi apresentada, a onda de calor mais critica foi mesmo a de julho. (…) É possível verificar que o pior pico desta onda pode andar naquilo que correspondeu também a momentos mais críticos da segunda onda de calor”, disse.

Quanto aos incêndios, o governante notou que todos os meios que o país tem têm estado disponíveis. Depois de notar o “maior número de meio disponíveis” este ano – humanos, financeiros, materiais -, o ministro notou que é necessário ter em conta que o calor se torna um “fator de maior exigência” para o conjunto de meios disponíveis. 

Sublinhe-se que, antes de falar sobre esta terceira vaga de calor, José Luís Carneiro deixou uma palavra de “solidariedade” a todas as comunidades “fustigadas” pelos incêndios e que vivem “momento dramáticos nas suas vidas”, mas também aos profissionais que estão no combate às chamas.

Destacado que o objetivo também é combater “tudo o que é fogo posto”, o ministro lembrou que hoje arrancou uma ação de campanha da Guarda Nacional Republicana (GNR), em articulação com as Forças Armadas (FA) e com a Polícia Judiciária (PJ), “para reforçar o combate aos incendiários”.

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