No dia em que começou uma ‘segunda etapa’ da primeira fase da campanha de Vacinação, Marta Temido, começou por recordar que “o processo não é só a administração de uma injeção”, mas sim “um processo integrado de cuidados de Saúde”. A ministra da Saúde apontou ainda que a vacina “é encarada como uma forma de lidar melhor com esta doença” e trata-se de um “ato de saúde”.
“Temos de ter em consideração que este processo vai, ainda, por muito que o queiramos acelerar, demorar tempo”, destacou, acrescentando que, neste momento, “é essencial que continuemos todos, os já vacinados e a restante população, a manter um conjunto de medidas de proteção.
A governante disse acreditar que “as vacinas são a melhor forma para sairmos desta situação de doença”, frisando que o Plano de Vacinação tem sido aplicado no “respeito pelas orientações técnicas definidas pela comissão técnica, pela Direção-Geral da Saúde e também pela task-force”.
“Conseguimos já, neste momento, garantir que, dos profissionais de Saúde prioritários – quer do SNS, quer de outras instituições – muitos foram já vacinados”, e “conseguimos já garantir que os residentes e profissionais de estruturas residenciais para idosos e unidades de cuidados continuados integrados foram já todos vacinados, exceto se integrados em unidades onde havia surtos”, esclareceu.
“Estamos agora a avançar numa outra fase”
Marta Temido declarou que “estamos agora a avançar numa outra fase” do plano, “uma fase mais complexa” e “mais desafiante”. Nesta segunda etapa, onde entram as pessoas entre 50 anos e 79 anos com comorbilidades e os maiores de 80 anos, a ministra quis destacar a “capacidade que houve de introduzir o sistema de mensagem para que as pessoas possam ser chamadas para vir ser vacinadas”.
Este processo, “além de inovador”, é complementado por outra possibilidade: “As pessoas que não têm médico de família atribuído podem ir ao seu médico particular e, estando em condições de ser vacinadas, podem, também, da parte do seu médico, obter uma declaração que as considera elegíveis”. Na semana passada, “havia já cerca de três centenas de pessoas que tinham esse documento”.
Neste seguimento, a governante quis deixar uma “mensagem de tranquilidade”, garantindo que “há outras vias” para quem se serve do sistema de saúde privado e destacando a “preocupação de garantir que o sistema chega a todos adequadamente”.
Centros de saúde. Vacinação arranca hoje em Lisboa e 5.ª feira no Norte
De recordar que a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas arranca hoje em Lisboa, prosseguindo quinta-feira em mais sete locais da região Norte.
Na quinta-feira, este processo de vacinação arranca na região Norte, com sete locais em Braga, Marão e Douro Norte, Porto Oriental, Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Gaia, Gondomar e na Unidade Local de Saúde Nordeste.
Recorde-se que esta fase de vacinação inicia em Oliveira do Hospital na próxima semana, de acordo com José Carlos Alexandrino, autarca oliveirense.