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Universidade de Coimbra vai ter projetos apoiados com seis milhões da União Europeia

Universidade de Coimbra

Fotografia: Wikimedia Commons

Dois projetos de investigação liderados pela Universidade de Coimbra (UC) foram contemplados com financiamentos da União Europeia que ascendem a seis milhões de euros, anunciou a instituição de ensino superior em comunicado enviado às redações.

Os trabalhos são apoiados pelo programa Horizonte Europa, no âmbito do Cluster 2 — Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva, área em que a UC se destaca, sendo “a instituição nacional com mais projetos aprovados, liderando dois e participando em outros dois projetos financiados”, informou a reitoria.

Na mesma nota, os responsáveis da instituição de ensino superior sublinham que a UC se destaca, neste concurso, como a instituição nacional com mais projetos aprovados, liderando dois e participando em outros dois projetos financiados.

Projetos versam sobre colonialismo e participação política

Vai liderar dois projetos: o Confidently Changing Colonial Heritage (CONCILIARE), coordenado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC), financiado com mais de 2,7 milhões de euros; e o Creating an Inclusive European Citizens’ Assembly (EU-CIEMBLY), com coordenação do Instituto Jurídico (IJ) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) e com financiamento de cerca de 3 milhões.

O CONCILIARE vai “estudar as representações e reações de cidadãos europeus às mudanças no património cultural colonial em quatro domínios diferentes: manuais escolares, espaços públicos (como estátuas e nomes de ruas), museus, tradições e bens culturais”, explica o docente da FPCEUC e coordenador do projeto, Joaquim Pires Valentim. “Na Europa, as mudanças no património cultural colonial têm estado associadas a tensões e conflitos nas relações entre grupos e a uma perceção de ameaça às representações da identidade europeia. Um conhecimento aprofundado sobre estes processos é fundamental para encontrar soluções nestes domínios, baseadas em evidência empírica”, acrescenta.

É com o objetivo de introduzir novas formas de participação e de deliberação dos cidadãos na vida política da União Europeia (UE) que vai ser desenvolvido o projeto EU-CIEMBLY. “Com este projeto, pretendemos proceder ao desenho de uma nova ferramenta de participação na UE, não apenas do ponto de vista teórico, mas colocando em marcha assembleias-piloto, que permitam formular recomendações jurídicas e políticas relevantes no domínio da participação dos cidadãos”, explica a investigadora do IJ e coordenadora do projeto, Dulce Lopes. O protótipo de assembleia que o projeto quer criar “terá características que permitam a transferência deste protótipo para os níveis nacional e local dos Estados-Membros da UE”, elucida a também docente da FDUC.

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