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Portugal recebe Jornadas Mundiais da Juventude “com uma alegria incontida”

Lisboa vai acolher, em 2022, as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, aquele que é considerado o maior evento da Igreja Católica. O anúncio, já esperado, foi recebido com “alegria”. Com esse sentimento partilhado vem também a noção da responsabilidade que é receber um evento destas dimensões.

O anúncio já era esperado, mas a certeza só chegou este domingo com o anúncio de que Portugal vai ser o próximo país a receber as próximas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em 2022. A confirmação foi dada no final da missa de encerramento das Jornadas Mundiais da Juventude, na Cidade do Panamá, pelo cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

Para receber a boa-nova, viajaram até ao Panamá o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, – deslocação esta que a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) repudiou, considerando “um grave atentado à neutralidade religiosa do Estado laico” -, o autarca de Lisboa, Fernando Medina, e o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, além de muitos jovens católicos.

Ao saber da confirmação de que Lisboa vai mesmo ser palco daquele que é considerado o maior evento da Igreja Católica, o Presidente expressou “uma alegria incontida” e considerou que a relação de Portugal com África um argumento de peso na escolha do próximo anfitrião das JMJ.

“É uma alegria incontida e é começar a sonhar já e a projetar já o que se vai passar daqui a três anos e meio”, disse à agência Lusa Marcelo Rebelo de Sousa, na Cidade do Panamá”.

“Acho que nós conseguimos, conseguimos todos, conseguimos nós portugueses, conseguiram naturalmente os católicos de Portugal, conseguiram os bispos católicos, conseguiu D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, mas conseguimos nós todos como povo e conseguimos nós que falamos português”, assinalou o chefe de Estado.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “foi muito importante um argumento essencial para esta decisão, o ser um país que pudesse abrir para vários continentes e, nomeadamente, para África, porque é o único continente que ainda não teve as Jornadas Mundiais da Juventude”.

“E entendeu-se – e bem – que Portugal, além de abrir para o continente americano e, obviamente, abrir para a Europa, abria para África, para a que fala português muitíssimo, e que vamos reunir em Lisboa, para aquela que não fala, mas também vai vir até Lisboa”, adiantou. Para Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal ser o segundo país lusófono a receber as JMJ depois do Brasil, em 2013, “é o reconhecimento do peso da lusofonia, do mundo que fala português”.

Em representação do Governo, o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, sublinhou, por seu turno, a dimensão do evento e a “alegria absolutamente extraordinária” de o receber. “Estamos a falar do maior evento de juventude que há no mundo, eu não sei mesmo se alguma vez em Portugal recebemos algo parecido com isto e, portanto, é uma notícia extraordinária”, disse João Paulo Rebelo.

“Eu diria que é de uma alegria absolutamente extraordinária para o nosso país, evidentemente para a Diocese de Lisboa, para a Câmara Municipal de Lisboa, mas claro também para o país, que vê assim reconhecida, mais uma vez, a grande capacidade organizativa que o país tem”, acrescentou ainda governante.

O primeiro-ministro também reagiu à notícia, no caso através do Twitter, garantindo que o Governo dará todo o apoio para “garantir o sucesso” do evento que vai estender-se até ao município de Loures, conforme confirmou o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.

REUTERS

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