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Três torres de vigia reforçam DECIR 2021 no distrito de Coimbra

A entrada em funcionamento do sistema integrado de videovigilância é grande novidade do Dispositivo Distrital de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2021 apresentado esta manhã por Carlos Luís Tavares, Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Coimbra.

O sistema de videovigilância decorre da aposta feita pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra que “satisfez este desejo” do CODIS de Coimbra. Para Carlos Luís Tavares “esta é uma mais valia na deteção dos incêndios e apoio à decisão”.

Esta manhã, o 1º CODIS adiantou que as três torres de vigia já ativas estão instaladas nos concelhos de Penacova, Mealhada (zona do Buçaco) e Cantanhede. A partir do mês de julho serão instaladas mais três torres de vigia na zona centro do distrito. “Teremos uma abrangência maior. No próximo ano já teremos mais 16 torres de vigia para apoio à deteção e à decisão”, adiantou o responsável, que deu conta boa qualidade das câmaras.

Para Carlos Luís Tavares, o sistema de videovigilância é o “upgrade” do DECIR 2021 que, hoje, foi apresentado e que vai contar com o envolvimento de 1850 bombeiros voluntários e profissionais, sendo que o dispositivo macro, para o mês de agosto, vai contar com 330 bombeiros, 72 veículos e seis elementos de comando. “É um número de bombeiros muito significativo”, referiu o 1º CODIS.

No que respeita ao pré-posicionamento de meios no distrito, em situação de alerta amarelo vão estar disponíveis dias brigadas, passando a dois grupos de combate em alerta laranja e a três grupos em alerta vermelho.

O DECIR 2021 vai contar com três helicópteros ligeiros, localizados em Cernache (desde 15 de maio), na Lousã (anual) e na Pampilhosa (a partir de 1 de junho), com o apoio de 69 militares e 11 veículos. Destaque ainda para dois aviões anfíbios, com três mil litros de água cada um, localizados no centro de meios aéreos de Cernache, no período entre 1 junho a 31 de outubro”.

O ICNF assegura ainda um dispositivo de 35 equipas de sapadores florestais. Estão também em prontidão 10 máquinas de rasto (ADESA, DUECEIRA e Município, assim como unidades de engenharia militar das forças armadas se for necessário. Estão também em alerta os 17 serviços municipais de Proteção Civil. A empresa FOCELCA também integra o dispositivo.

“Grande parte das ocorrências são de origem negligente”

Carlos Luís Tavares adiantou, hoje, que no último decénio, o ano com maior área ardida foi o de 2017 com 1. 566 147,88 hectares de área ardida, sendo que o ano de 2012 foi aquele em que se registou um maior número de ocorrências, com 1 121. Em 2020, no distrito registaram-se 23 ocorrências e 240,51 hectares de área ardida. “Grande parte das ocorrências são de origem negligente”, considerou.

Pese embora os meios acionados para a época de incêndios, o 1º CODIS voltou a lembrar que “o cidadão é um agente de proteção civil”. “É no cidadão que tudo começa. Não podemos ter ignições por negligência. Temos que ter o máximo cuidado”, referiu.

Os principais objetivos do DECIR 2021 são “a segurança dos cidadãos e do património, a segurança dos operacionais e baixas zero”. Apesar de o ano de 2020 teria sido “melhor” em termos de ocorrências, Carlos Luís Tavares lamenta que não tenham sido alcançados os objetivos, devido à perda do chefe dos bombeiros da Lousã. Concluiu com a certeza de que “juntos somos mais fortes”.

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