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Telefilme “A Serpentina” “é uma aposta ganha como instrumento de divulgação de Oliveira do Hospital

Oliveira do Hospital estará, brevemente, num ecrã perto de qualquer telespectador. Gravado no concelho oliveirense, o telefilme “Serpentina” conta a história de um guionista, Bruno Alvim, que está obcecado pela ideia de encontrar a “beleza sublime”, sendo incapaz de concluir o guião do seu primeiro filme. Quando a paciência do investigador se esgota e tudo parece perdido, surge um novo interessado em financiar o filme. Mas o dinheiro que este traz está longe de ser limpo e Bruno acaba envolvido numa perigosa história de crime. A história remonta ao ano de 1995.

A antestreia do telefilme, de Laura Seixas, adaptado da obra de Mário Zambujal pelos argumentistas Rui Vilhena, João Duarte Silva e Vinicius Dias, foi exibida, em primeira mão, na segunda-feira, no Centro Comunitário de Lagares da Beira.

Trinta anos depois, o cinema regressou ao novo espaço da vila lagarense que contou com casa cheia.

Para José Francisco Rolo, presidente do Município, o Centro Comunitário assistiu “a uma grande festa do cinema português”. “A Serpentina” é, assim, “um filme bem conseguido” que é também “um instrumento de marketing territorial”. “É uma aposta ganha para Oliveira do Hospital”, frisou o autarca, destacando os locais do concelho que surgem no filme como o centro da vila de Lagares da Beira, as Ruinas Romanas da Bobadela, a Anta da Arcainha do Seixo da Beira, entre outros. São “paisagens que promovem o território e alimentam um filme interessante”.

Segundo o presidente, a realização “aproveitou a multiplicidade dos cenários, através da beleza das aldeias e vilas, para fazer um bom filme”. “Tivemos uma sala cheia de pessoas felizes e bem-dispostas a ver um bom produto de cinema no qual se revêm”, afirmou.

À Rádio Boa Nova, a realizadora Laura Seixas mostrou-se “satisfeita com o resultado final”, parabenizando toda a equipa, atores, realização e produção. A esta altura, a responsável está “agradecida às gentes do concelho de Oliveira do Hospital” sem as quais seria “impossível” fazer o filme. Considerou que “é importante tirar o foco da capital”. Para Laura, os telespectadores estão “fartos de ver Lisboa e Porto” e “há que dar uma perspetiva diferente de Portugal”. “Também se fazem bons filmes no interior do país. Portugal é muito mais que Lisboa e há paisagens incríveis para filmar”, justificou.

Também o ator Salvador Nery, que encarou a personagem principal da história, sublinhou a forma como a equipa foi recebida no concelho. “Oliveira do Hospital tem uma paisagem belíssima”, afirmou, avançando que sempre se imaginou a “viver na montanha”. Para o profissional, “A Serpentina” irá “levar Oliveira do Hospital aos quatro cantos do mundo”.

Em declarações à Rádio Boa Nova, considerou que “hoje em dia é possível fazer cinema em qualquer parte do mundo com poucos meios”. “Pode haver uma pequena produtora em Oliveira do Hospital porque no interior do país é possível fazer cinema”, frisou, acrescentando que, nos dias de hoje, “com meia dúzia de equipamentos faz-se um filme”.

Do elenco fazem parte Salvador Nery, Sónia Balacó, Laura Frederico, Joana Pais de Brito, Jorge Corrula, Sisley Dias, André Nunes, Francisco Froes, Eduardo Madeira, Teresa Faria e Luís Lucas.

“A Serpentina” contou com uma pequena colaboração da Rádio Boa Nova numa cena do telefilme onde se ouve a emissão.

Realizado ainda durante a pandemia pela Ukbar Filmes para a RTP1, o telefilme de 50 minutos insere- se no projeto “Contado Por Mulheres”, criado pela Ukbar Filmes e a RTP, que lançaram o desafio a dez  mulheres realizadoras, de várias gerações, convidando cada uma delas a filmar grandes contos ou novelas de autores portugueses do século XX.

O telefilme será exibido na RTP1 no dia 3 de maio pelas 21h00.

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