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Taxa de incidência sobe em Oliveira do Hospital. Especialista alerta para “casos importados” devido a “grande mobilidade interconcelhia”

A taxa de incidência de Covid-19 subiu em Oliveira do Hospital. De acordo com Carlos Antunes, o concelho está com uma “uma taxa de incidência de 83 casos por 100 mil habitantes, ou seja 16 casos acumulados nos últimos 14 dias”.

No habitual espaço de análise à pandemia na Rádio Boa Nova, o professor e investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, natural do concelho oliveirense, alertou ainda para “os casos importados” devido a “grande mobilidade interconcelhia”.

“Os casos não se reproduzem só no concelho, mas são também importados, Como há uma grande mobilidade interconcelhia, há sempre casos de importação e que depois disseminam essa infeção”, disse.

No caso de Oliveira do Hospital, o concelho “registou valores mínimos a 1 e 2 de abril com 31 casos por 100 mil habitantes”, o que significa que “estamos com mais do dobro desse valor mínimo”.

“A taxa de variação é positiva, o que significa que este número está continuamente a aumentar mas de forma ligeira. Estamos ainda aquém dos 120 casos mas é preciso muita cautela”, alertou, relembrando a importância de continuar a adotar comportamentos responsáveis e reforçar a proteção individual.

País: “Até agora, os números são otimistas porque não revelam, ainda, um aumento substancial que nos causasse alguma preocupação”

Segundo Carlos Antunes, apesar de, no ponto de vista dos especialistas ser necessário “prudência no desconfinamento”, “era importante abrir a economia e continuar a desconfinar”.

“O que nós verificamos é que a dinâmica é muito mais lenta e a inversão da transmissibilidade leva mais tempo. Também há que considerar nessa análise o facto de estarmos a fazer uma testagem muito maior do que era habitual. Significa que este aumento de testagem e de rastreio permite uma deteção mais cedo de novos casos e quebra de novas cadeias de transmissão”.

Na Rádio Boa Nova, o professor revela, porém, que apesar de ter havido uma diminuição, o país “está já com tendência de subida”. Adiantou ainda que as faixas etárias 20-29 e 30-39 anos estão com uma “tendência significativa de subida”. Por sua vez, há uma diminuição no grupo de pessoas com mais de 80 anos “devido à elevada taxa de vacinação”.

No que diz respeito à diferenciação entre concelhos nesta terceira fase de desconfinamento, onde alguns recuaram e outros mantiveram medidas, Carlos Antunes concorda, na medida em que  “é uma estratégia que permite ter o país desconfinado, sem aumentar de forma significativa o risco”.

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