Para assinalar o Dia Mundial da Árvore, o Município de Tábua promoveu, esta manhã, uma ação de reflorestação na zona do Poço do Gato, situado na União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha.
Hoje foi apenas o arranque de “um processo que terá continuidade” para reflorestar a área ardida que foi fustigada pelos incêndios de 2017. A ação, que decorre de uma parceria entre o Município de Tábua, a Fundação Benfica, a Lousitânea, juntou cerca de 70 voluntários, entre crianças dos Jardins de Infância de Candosa e Covas, alunos da Eptoliva, Serviços Municipais de Proteção Civil, assim como Bombeiros Voluntários de Tábua e Vila Nova de Oliveirinha. Esta manhã, foram plantadas cerca de 500 árvores de um universo de cinco mil que serão colocadas numa área de dez hectares em próximas iniciativas.
“A ideia é também transformar a paisagem, coloca-la com maior resiliência com espécies autóctones como o medronheiros e o carvalho”, explicou Ricardo Cruz, presidente da autarquia de Tábua. O autarca acredita que, com esta atitude de optar por este género de árvores, o território “estará mais preparado para as intempéries do fogo”.
“Pouco a pouco estamos a reformular a paisagem e ordenar o território”, frisou, garantindo que “ainda falta muito trabalho”. Pelo caminho, “ainda vão surgir candidaturas e as AIGP terão de ser reformuladas”. Segundo Ricardo Cruz, o trabalho total de reflorestação “vai levar algum tempo, mas terá como objetivo final a redefinição do território com uma paisagem diferente, com espécies que sejam mais resilientes”.
Covas e Vila Nova de Oliveirinha foi, assim, a escolha para esta iniciativa, uma vez que foi “freguesia mais afetada” e o terreno em questão é público. “Há que dar o exemplo”, rematou Ricardo Cruz.
Na ocasião, João Brito, presidente da União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha, recordou que “quase a totalidade do território foi fustigada pelos incêndios”. Assim, “a junta de freguesia tem-se aliado a estas iniciativas, não só para limpar os terrenos mas também para se preparar para o futuro”. “A reflorestação faz parte desse projeto de voltarmos a ser aquilo que eramos. Tínhamos o terreno totalmente florestado e fomos confrontados com os incêndios”, referiu.
O presidente da União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha considera fundamental a plantação de “espécies resilientes para que não sejam cometidos erros do passado” e, assim, o território estar mais protegido, uma vez que se trata de “uma zona muito fustigada”.
João Brito afirma que “este foi o primeiro passo” para chegar ao objetivo que será reflorestar oito hectares.