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Sobreda já dispõe de Casa Mortuária e espaço aberto à comunidade

No último sábado cumpriu-se a vontade da população da Sobreda, na freguesia de Seixo da Beira, que há muito tempo reivindicava por uma capela mortuária. O espaço que contou com a benção do padre Pedro Simões e que resulta da requalificação do antigo jardim de infância da localidade, não se esgota naquela missão, estando aberto à utilização por parte da comunidade.  

Diante de um grupo de populares que assistiu à inauguração, a presidente da Junta de Freguesia de Seixo da Beira admitiu não ser esta a obra que lhe “apraz inaugurar”, mas notou que “este é o terceiro equipamento deste género construído na freguesia após 2009”, mas que ao contrário dos dois anteriores “foi suportado integralmente pela Câmara Municipal”.

Pelo facto de o novo espaço resultar da requalificação do antigo Jardim de Infância “não se aplicou” a regra do Município de apoio à construção de casas mortuárias (50 % suportado pela Câmara Municipal, 25% pela Junta de Freguesia e os restantes 25 % angariados pela população)”. O Município oliveirense, proprietário do espaço protocolou com a Junta de Freguesia a cedência do espaço por “50 anos renováveis”.

Passadas que estão “várias controvérsias” em torno da obra, feita pelo empreiteiro Joaquim Borges, e que foi deliberada pelo anterior executivo Municipal, liderado por José Carlos Alexandrino, Margarida Claro avançou que o novo espaço visa “servir toda a comunidade, não só como casa mortuária, mas também para outras atividades, reuniões, catequese, encontros ou outros, destinando-se a todas as entidades e religiões, realçando-se o facto de não possuir qualquer símbolo religioso”.

Concretizada a missão, a autarca tem consciência de que “quer na Sobreda, quer na freguesia ainda há muito a fazer”. “Estamos disponíveis e continuaremos a trabalhar, em conjunto com o Município e ouvindo as pessoas, para proporcionar melhores condições à nossa terra”, afirmou Margarida Claro dirigindo à Câmara Municipal, agora presidida por José Francisco Rolo, um “ muito obrigada”.

A par de todo o processo, o então presidente da Câmara e atual presidente da Assembleia Municipal, José Carlos Alexandrino, considerou que a casa mortuária da Sobreda chega “demasiado tarde”. A dar conta de outros espaços semelhantes que inaugurou no concelho, Alexandrino destacou a importância do espaço para a comunidade da Sobreda, defendendo que “uma obra só é boa e tem sentido quando serve as suas gentes”. Também o autarca valorizou o facto de a Casa Mortuária resultar do reaproveitamento de um espaço público que estava abandonado. Esta não é, por isso, “uma obra de somenos importância, é tão importante como as outras”.

Também José Francisco Rolo considerou que “estes são espaços necessários nas comunidades”, porque “a vida é feita de fases e há uma altura em que se aproximam os dias do fim”. “Quando investimos em espaços destes, é para dar dignidade à vida das pessoas e ao momento em que nos despedimos daqueles de quem mais gostamos”, avançou o presidente do Município de Oliveira do Hospital, especificando que no caso da Sobreda esta foi também “uma forma de rentabilizar um edifício e dar-lhe uso”. Esclareceu também que “este é um espaço aberto à utilização da comunidade”.

A finalizar, José Francisco Rolo valorizou a “capacidade de realização” da Junta de Freguesia de Seixo Beira, assegurando que “terá sempre na Câmara Municipal uma grande parceira como tem tido nos últimos 12 anos”. “Temos tempo e o espaço de diálogo e cooperação para inaugurarmos outras obras e outras realizações, a bem da comunidade e dos cidadãos da freguesia de Seixo da Beira”, asseverou.

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